Huawei quer fortalecer presença em mercado de data centers no Brasil
RIO DE JANEIRO (Reuters) -A chinesa Huawei tem interesse em ampliar sua presença no mercado brasileiro de data centers e aguarda uma medida provisória do governo federal para definir a estratégia para o país, afirmou o vice-presidente de Relações Públicas da empresa para América Latina e Caribe, Atilio Rulli.
A empresa não planeja investir diretamente no segmento, mas busca fortalecer sua capacidade como fornecedora de soluções para data centers, com infraestrutura, equipamentos e tecnologias, em parceria com empresas locais e instituições públicas, conforme nota enviada à Reuters nesta quinta-feira.
"A Huawei segue acompanhando a política de incentivos que está sendo conduzida pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), e quando em vigor, continuará contribuindo com soluções confiáveis, escaláveis e sustentáveis para acelerar a transformação digital no Brasil e na América Latina", afirmou a companhia.
No final do mês passado, Igor Marchesini, assessor especial do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a medida provisória que prevê isenções tributárias para investimentos em tecnologia da informação desses empreendimentos no país já está na Casa Civil e deve ser encaminhada em breve ao Congresso.
"Queremos que o governo implemente esses incentivos que são bons para o país e o tempo tem que ser agora. Nos próximos dois, três anos", afirmou Rulli à Reuters em evento no BNDES sobre transição energética e sustentabilidade, no Rio de Janeiro, na quarta-feira.
Citando que a empresa já tem experiência internacional no setor de data centers, o executivo da empresa chinesa ressaltou que o avanço da inteligência artificial exige que esses estímulos e incentivos do governo federal ocorram em breve.
"Temos total interesse (em investir) porque temos fornecimento para data centers tanto na parte de conectividade, armazenamento, quanto na parte de energia", afirmou o executivo.
LEILÃO
Rulli também afirmou que a Huawei tem interesse em participar do leilão que o governo pretende promover pela primeira vez, entre o fim desse ano e 2026, para contratar baterias para o sistema elétrico.
"Temos solução para o setor de baterias no mundo", afirmou o executivo. A Huawei tem 34 gigawatts de capacidade instalada em sistemas de armazenamento de energia em baterias (BESS, na sigla em inglês) em todo o planeta, sendo apenas 200 kilowatts no Brasil em iniciativas junto a empresas privadas.
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