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Gasolina da Petrobras se aproxima de recorde da era de reajustes diários

28 ago 2018 - 12h19
(atualizado às 12h58)
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O preço médio da gasolina praticado pela Petrobras nas refinarias alcançou nesta terça-feira o segundo maior nível da era de reajustes diários, a 2,0829 reais por litro, apenas ligeiramente abaixo do recorde de 2,0867 reais registrado em maio, durante os protestos dos caminhoneiros.

Funcionário abastece carro em posto de gasolina em São Paulo 08/11/2016  REUTERS/Paulo Whitaker
Funcionário abastece carro em posto de gasolina em São Paulo 08/11/2016 REUTERS/Paulo Whitaker
Foto: Reuters

A empresa informou em seu site que tal cotação será mantida também na quarta-feira.

Em agosto, o valor da gasolina já acumula alta de quase 6 por cento e reflete tanto a firmeza das referências do petróleo no mercado internacional quanto a disparada do dólar ante o real, parâmetros estes utilizados pela petroleira em sua política de formação de preços de combustíveis, em vigor há pouco mais de um ano.

A valorização do derivado de petróleo também se segue a uma interrupção de produção na Replan, a maior refinaria da Petrobras, localizada em Paulínia (SP), que sofreu uma explosão no último dia 20 de agosto.

Na véspera, a empresa informou que a reguladora ANP interditou parcialmente a unidade, cuja capacidade é para processar mais de 400 mil barris por dia, e que já começou a importar diesel para compensar a perda de refino.

Procurada para comentar a alta da gasolina nas refinarias, a Petrobras não respondeu de imediato.

Em campanhas recentes, a companhia vinha destacando que o preço do combustível fóssil por ela praticado representava cerca de um terço do valor final nas bombas dos postos, sobre o qual incidem tributos e é formado conforme estratégia de distribuidores e revendedores.

Além disso, a Petrobras também frisa que não tem o poder de formação de preços da gasolina, que oscilam ao sabor de outras variáveis.

A política de reajustes da Petrobras esteve no cerne dos protestos de caminhoneiros, uma vez que o diesel, combustível mais consumido do país, atingiu patamares recordes pouco antes das manifestações.

Desde junho, o diesel está com seu valor congelado nas refinarias, a 2,0316 reais por litro, graças a uma subvenção econômica oferecida pelo governo.

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