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Gargalo logístico enfim começa a ser solucionado

Setores de portos e ferrovias estão otimistas com concessões e emprego de tecnologia que reduz custos

21 nov 2019 - 20h14
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A expectativa de representantes do setor de logística que participaram do painel "Gargalos logísticos que a tecnologia resolve", no Summit Agronegócio Brasil 2019, é otimista quanto aos investimentos em ferrovias e portos que se anunciam, por meio de novas concessões para este e os próximos anos, e também o emprego cada vez maior de tecnologia, que otimiza operações e reduz custos.

De acordo com o diretor de Tecnologia da Rumo, Roberto Rubio Potzmann, "entre 2020 e 2021, a perspectiva é de um volume maior de produtos circulando em ferrovias", disse. "Vamos aliar a maturidade tecnológica que conquistamos com investimentos em material rodante e principalmente aumento de capacidade", continuou. "Temos perspectiva muito boa de que os investimentos comecem a florescer de maneira muito agressiva e, para os próximos cinco anos, os investimentos da Rumo, que tem boa parte de capital estrangeiro, ficarão na casa dos bilhões de reais." Ele mencionou, porém, que ainda há gargalos a serem resolvidos, principalmente na legislação, "que não previa a tecnologia". E citou como exemplo o fato de que hoje composições ferroviárias se movem sem a necessidade de maquinista. "E a legislação prevê maquinista", diz.

O integrante do Conselho de Administração da Associação Brasileira de Terminais e Recintos Alfandegados (ABTRA) e diretor da Rocha Terminais Portuários e Logística, Rivadavia Simão, acrescentou que 2020 "vai ser de muito trabalho", mas haverá vários investimentos e arrendamentos. "Só em Paranaguá (porto do Paraná), devem ter quatro arrendamentos", disse ele, citando, entretanto, que "na tecnologia o País terá de avançar bastante, e rápido, para acompanhar o que está vindo por aí". Simão elogiou o novo governo, dizendo que "a receptividade é fantástica" às demandas do setor.

Momento disruptivo

O otimismo do head de agronegócio da VLI Logística, Igor Figueiredo, baseia-se no emprego cada vez maior de tecnologia. "Vamos passar por um momento disruptivo, com aumento da capacidade de transporte. A tecnologia vai nos permitir avançar mais rápido, em ganho energético, segurança", disse ele, acrescentando que o setor está num momento "muito positivo" em relação à infraestrutura.

Já o diretor da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), Adalberto Tokarski, elogiou a eficiência tecnológica do Brasil sob alguns aspectos em portos. "No Brasil, a movimentação de contêineres não perde para nenhum outro país; temos eficiência tecnológica", garantiu. "Acho que o Brasil agora está num caminho muito bom".

Estadão
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