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Ganhe mais clientes reduzindo o seu tempo de entrega

O consumidor quer se possível levar sua compra na hora e, via internet, que a entrega seja feita o mais rápido possível

8 out 2023 - 06h20
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Foto:  Adobe Stock

Redução do tempo de entrega é o que tem movido empresas grandes do País. Elas têm como propósito em curto prazo fazer 100% das entregas no mesmo dia da compra. Isso já acontece em São Paulo com vários produtos. Comprou de manhã, recebe à tarde.

Essa proposta não apareceu do nada. É sabido que o consumidor, quando compra alguma coisa, quer se possível levá-la na hora e, nas compras via internet, que a entrega seja feita o mais rápido possível. Alguns consumidores estão dispostos até a pagar um pouco mais para ter sua compra entregue mais rápido.

A rapidez por parte do vendedor tem inúmeras vantagens, pois fideliza o comprador, faz vender mais, com isso leva a maior giro de estoque e, claro, aumenta os lucros. 

Velocidade na entrega foi proposto em 1890 por Frederick Taylor (1856–1915), criador da teoria da Administração Científica e um dos maiores pensadores sobre Administração. Além da velocidade na entrega, ele propunha menos pessoas envolvidas, redução constantes dos custos e remuneração por mérito.

São ideias atualíssimas e, portanto, necessário nos dias de hoje. Serve para tudo, não importa a atividade: indústria, comércio ou serviços.

Bares, restaurantes, pizzarias, valet parking, lavanderias, cafeterias e tantos outros devem ter como meta a velocidade na prestação do serviço.

Nos restaurantes e lanchonetes mais do que em outras atividades, a velocidade é essencial, já que o período para almoço, lanche ou jantar tem habitualmente horários pré-estabelecidos.

Um restaurante, por exemplo, tem número fixo de mesas, portanto quanto mais giro de clientes houver, mais ele fatura. Como frequentador, percebo falhas em todas as fases. O cliente chega, se senta e fica esperando o garçom. Às vezes tem que o chamar. Feito o pedido, nova demora. Para ir embora, também. Temos que insistir para receber a conta. Depois, a demora para ele trazer a maquininha do cartão. Nos bares é a mesma coisa. Uma bebida às vezes leva de 15 a 20 minutos para chegar à mesa. Nesses dois casos, há perda de possibilidade de mais clientes usarem as mesas. Nos horários de pico, é comum esperar mais de uma hora. Mesmo que não haja espera, o estabelecimento perde, pois, a rapidez no atendimento pode levar os clientes já sentados à mesa a consumir mais.

Quem ganha com isso? Ninguém. Quem perde? O dono do estabelecimento. A demora nesses casos geralmente resulta em redução de faturamento e risco de perda do cliente, que, insatisfeito, na próxima vez vai para os concorrentes. Que não são poucos.

Quando falo em agilidade em servir, me lembro sempre do Bar do Léo, em São Paulo, na Rua Aurora, 100, fundado em 1940, quase centenário. Virou ponto turístico. Vivia sempre lotado. Como era pequeno, os garçons serviam até na calçada. O chopp Brahma era a vedete. Chopp sempre elogiado. Eles nunca perguntavam se você queria mais. Simplesmente entregavam uma nova tulipa sempre gelada e com colarinho.

Era difícil fazê-los parar de servir. Só paravam se o cliente fizesse cara feia. Exageravam? Sim, mas faturavam muito mais que se ficassem esperando o cliente renovar o pedido.

Nota: Em 2012 o bar for fechado pelas autoridades, por 5 meses, motivo; o chopp não era Brahma, mas sim outra marca de péssima qualidade.

Usei esses exemplos pois são corriqueiros e presenciados por qualquer um de nós regularmente. Com certeza ocorrem também em outros tipos de atividade.

Pense a esse respeito e estabeleça, seja qual for seu negócio, metas de redução no tempo ou prazo de entrega. Não importa se presencial ou delivery.

Todos já devem ter ouvido falar de ticket médio. É o sonho de consumo de todo empresário aumentar o ticket médio dos seus clientes. 

A proposta aqui é esta: aumentar o ticket médio.

(*) Antônio Lino Pinto é consultor de gestão e autor dos livros “Pequenas agências, grandes resultados” (2011), “Abri minha agência, e agora?” (2013), “Gestão em agências de propaganda” (2017) e “Gestão para empreendedores” (2022).

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