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Fundo soberano da Noruega tem lucro de US$109 bi no 1º tri puxado por ações de tecnologia

18 abr 2024 - 10h01
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O fundo soberano da Noruega, de 1,6 trilhão de dólares, o maior do mundo, teve lucro recorde de 1,2 trilhão de coroas (109 bilhões de dólares) no primeiro trimestre, impulsionado pela forte valorização em ações de tecnologia que foram catapultadas pela explosão no interesse por aplicações de inteligência artificial.

O resultado é o maior do fundo em termos absolutos desde sua criação em 1996 e compara-se a um lucro de 893 bilhões de coroas no mesmo período do ano anterior. O retorno total relativo do fundo foi de 9,1% no período de janeiro a março.

"É um trimestre extraordinariamente forte", disse o presidente-executivo adjunto Trond Grande à Reuters, acrescentando que o retorno foi impulsionado pelas principais empresas de tecnologia do mundo, em especial Nvidia e Microsoft.

O fundo investe os rendimentos da produção de petróleo e gás do Estado norueguês em ações, títulos, propriedades não listadas e projetos renováveis no exterior.

O fundo tem recursos acumulados equivalentes a 283.000 dólares para cada homem, mulher e criança norueguesa.

AGITAÇÃO

Desde o final do primeiro trimestre, os mercados têm estado "um pouco mais nervosos", disse Grande, devido às expectativas frustradas até agora de que o Federal Reserve e outros bancos centrais reduziriam suas taxas de juros.

O fundo espera que a inflação permaneça "um pouco mais rígida do que talvez tenha sido previsto".

"Enquanto a inflação não se aproximar das metas dos bancos centrais, os juros permanecerão onde estão", disse Grande.

Com relação ao conflito entre o Irã e Israel, os mercados têm reagido de forma "um pouco silenciosa", disse ele, talvez porque o suprimento de petróleo esteja agora menos dependente dos recursos do Oriente Médio, dado o crescimento da produção de petróleo de xisto dos EUA nas últimas duas décadas.

Em 31 de março, cerca de 72,1% dos ativos do fundo norueguês estavam em ações, enquanto 26% estavam em renda fixa, 1,8% em imóveis e 0,1% em infraestrutura de energia renovável.

O retorno geral sobre o investimento do fundo, de 6,3%, ficou 0,1 ponto percentual abaixo de seu índice de referência, informou.

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