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"Fui acusado erroneamente e detido injustamente", diz Ghosn

Ex-presidente da Nissan fez primeira aparição pública desde sua prisão, em 19 de novembro, por supostas irregularidades financeiras

8 jan 2019 - 01h47
(atualizado às 11h06)
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O ex-presidente da Nissan Carlos Ghosn, preso no Japão por supostas irregularidades financeiras, participou nesta terça-feira, 8, de uma audiência no Tribunal Distrital de Tóquio que visa a justificar o motivo de sua detenção prolongada. Foi a primeira aparição pública do executivo brasileiro desde sua prisão, em 19 de novembro.

No início da sessão, Ghosn apresentou um comunicado em que nega as irregularidades e se diz inocente. "Eu fui acusado erroneamente e fui injustamente detido com base em alegações sem mérito e sem substância", diz o texto.

Ex-presidente do conselho da Nissan Carlos Ghosn, que está preso em Tóquio 01/10/2018 REUTERS/Regis Duvignau
Ex-presidente do conselho da Nissan Carlos Ghosn, que está preso em Tóquio 01/10/2018 REUTERS/Regis Duvignau
Foto: Reuters

Mais de mil pessoas tentaram acompanhar a audiência, de acordo com o tribunal, mas só 14 cadeiras ficaram disponíveis para o público em geral. O antigo chefe da Nissan compareceu à sessão de terno e chinelos, parecendo mais magro do que em fotos de antes da detenção.

Na audiência, o juiz Yuichi Tada leu as acusações e disse que o executivo está preso por causa do risco de fuga e para evitar que ele esconda provas.

Os promotores também acusam Ghosn de se aproveitar de sua posição para conseguir ganhos pessoais. Eles suspeitam que o executivo forçou a empresa a assumir perdas pessoais em investimentos com derivativos.

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