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Fed eleva taxa dos juros em 0,50 ponto porcentual e desacelera ritmo de alta

Taxa de 4,50% ao ano é a maior desde 2007; decisão foi unânime e está em linha com as expectativas do mercado

14 dez 2022 - 17h11
(atualizado às 18h21)
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O Federal Reserve (Fed), o Banco Central americano, decidiu elevar nesta quarta-feira, 14, a taxa básica dos juros em 0,50 ponto percentual, para a faixa entre 4,25% e 4,50% ao ano, segundo comunicado divulgado pós-reunião de política monetária, 14. Até então, as elevações estavam em 0,75 ponto percentual. A decisão, que sacramentou o sétimo aumento consecutivo, foi unânime e está em linha com as expectativas do mercado. A taxa atual é a maior desde 2007.

O Fed ainda elevou taxa de juros paga sobre saldo de reserva para 4,4%, decisão que entra em vigor a partir de amanhã.

O Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) do Fed avalia que a inflação nos Estados Unidos permanece elevada, com desequilíbrios de oferta e demanda ainda relacionados à pandemia, registrando alta de alimentos, energia e pressões de preços mais amplas.

O Fed considera que aumentos nas taxas de juros são necessários para "atingir uma política monetária suficientemente restritiva".

O comunicado confirma a estratégia de apertar a política monetária para trazer a inflação de volta à meta de 2% ao ano. "Determinando o ritmo de aumentos futuros para atingir o objetivo, o Comitê levará em consideração o aperto cumulativo da política monetária, as defasagens que impactam a atividade econômica e a inflação, além de desenvolvimentos econômicos e financeiros", relata o Fomc.

Em meio a um ciclo de altas nos juros, os dirigentes do Fed passaram a prever a taxa dos Fed funds mais alta nos próximos anos. Para 2023, a mediana subiu de 4,6% da reunião de setembro para 5,1% no encontro de dezembro. Para 2024, o avanço foi de 3,9% a 4,1% no período. Em 2025, que apareceu pela primeira vez na última projeção, em setembro, a previsão subiu de 2,9% a 3,1%.

No longo prazo, o consenso dos dirigentes aponta para Fed funds a 2,5%, o mesmo que em junho e setembro.

Estadão
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