Faça seu dinheiro render: Conheça os tipos de fundo de investimento

Embora tenha havido um aumento significativo no número de pessoas investindo em 2022, ainda há muitas dúvidas em torno do assunto, especialmente em relação aos diferentes tipos de investimentos disponíveis e qual ativo pode proporcionar um maior retorno.

A realidade é que não faltam opções e há diversas oportunidades de investimento, cada uma com seu próprio nível de risco e prazo para obter retorno. Confira as principais opções de médio e longo prazo para investidores.

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Investimentos de médio prazo

Essas opções geralmente têm um período de resgate entre 2 e 5 anos, e são consideradas mais seguras para quem busca segurança em seus investimentos:

• Fundos de investimento em Ações: Destinados a investidores da bolsa de valores que não compram ações diretamente. Nesse caso, são adquiridas cotas e um gestor profissional é responsável por implementar a estratégia que considera mais adequada para os recursos dos investidores.

• Letras de Crédito Imobiliário (LCI) e Letras de Crédito do Agronegócio (LCA): São modalidades de investimento de renda fixa que consistem em títulos de crédito emitidos por bancos para financiar o setor imobiliário e o agronegócio. O retorno financeiro é obtido por meio dos juros, assim como acontece com o CDB, e essas opções são consideradas de baixo risco.

“Tanto LCI e LCA são ótimas opções de investimento, elas possuem isenção no Imposto de Renda, ou seja, a rentabilidade não sofrerá desconto. Além disso, elas possuem baixo risco, pois caso a empresa quebre, a FGC garante o retorno do valor aplicado, com limite a R＄ 250 mil”, comenta André Carvalho, diretor de portfólio da Acura Capital.

Investimentos a longo prazo

Esses investimentos geralmente apresentam retornos mais atrativos, em grande parte devido ao longo período em que os juros são aplicados. Algumas opções de investimento mencionadas anteriormente podem ser consideradas a longo prazo, como CDB, Letras de Crédito Imobiliário e Letras de Crédito do Agronegócio, além de:

• Fundos de Investimento no Exterior: São aplicações vinculadas a ativos de moedas estrangeiras. Assim como o FIEX, esses fundos reúnem capital de diversos investidores com o mesmo perfil de investimento, e um gestor seleciona as melhores oportunidades de rentabilidade para todos os investidores.

• Fundos de Investimento Multimercado: Assim como outros tipos de fundos de investimento, eles reúnem recursos de diversos investidores para uma aplicação conjunta. Nesse caso, um gestor do fundo é responsável por tomar as decisões de compra e venda de ativos. O Multimercado oferece ao gestor mais possibilidades de escolha, já que ele tem a liberdade de selecionar a categoria mais promissora.

Além disso, é importante identificar qual tipo de investidor você deseja ser, pois existem aqueles que estão dispostos a correr altos riscos e outros que buscam uma gestão patrimonial mais conservadora. Veja mais informações sobre esses perfis abaixo:

• Alto risco: Geralmente realizado por investidores que já possuem um patrimônio substancial, pois esse tipo de investimento não possui garantia de retorno e nem mesmo sua magnitude. É interessante porque normalmente oferece rendimentos mais elevados em comparação com outros tipos de investimento.

• Gestão Patrimonial: Ao contrário dos investidores de alto risco, esse perfil é geralmente mais conservador e busca investimentos de baixo risco, preferindo manter um planejamento estável.

Por que investir em fundos de investimento?

Os fundos de investimento podem ser uma opção para aqueles que desejam obter retornos mais atrativos do que alternativas ultraconservadoras, como a poupança. Também existem opções mais complexas destinadas a investidores familiarizados com as nuances do mercado financeiro e, portanto, mais dispostos a assumir riscos.

"Não são poucos os brasileiros que já perceberam as vantagens de aplicar em um fundo de investimentos, entre elas, a gestão profissional da carteira e a possibilidade de diversificar os investimentos mesmo para quem tem pouco capital", pontua João Matos, professor do curso de economia da Faculdade Presbiteriana Mackenzie Rio (FPMR).

No Brasil, os fundos acumulam um patrimônio de quase 6,2 trilhões de reais (equivalente a 60% do PIB anual do país), de acordo com dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).

Existem diferentes categorias de fundos que buscam atender aos diversos perfis de investidores. Cerca da metade do patrimônio dos fundos está alocada na modalidade de renda fixa, que consiste em carteiras com pelo menos 80% do patrimônio investido em ativos vinculados à variação da taxa de juros ou índices de preço.

Em geral, esses ativos são compostos por títulos públicos federais, debêntures emitidas por empresas, CDBs (certificados de depósito bancário) e outros instrumentos que representam empréstimos dos investidores ao governo, empresas ou bancos, em troca dos quais eles recebem juros.

Outra categoria relevante de fundos de investimento é a previdência, que representa cerca de um quarto do volume total de patrimônio. No entanto, esses produtos do mercado financeiro não devem ser confundidos com aposentadoria nos termos estritos. Isso ocorre porque as aposentadorias oferecidas pelo Instituto Nacional de Previdência Social (INPS) ou pelo Regime Próprio de Previdência Social (RPPS) são modalidades de benefício definido. Por outro lado, os fundos de previdência, que são predominantemente de contribuição, são definidos por benefícios que dependerão do volume de contribuições e do sucesso dos investimentos realizados pelo fundo.

"Além de ser uma interessante alternativa para os investidores, os fundos de investimento também são uma importante fonte de financiamento para obras e projetos de longo prazo, tocados pelo governo ou pela iniciativa privada. Com isso, acabam por desempenhar um relevante papel no desenvolvimento do país", acrescenta Matos.