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Exterior ajuda e Ibovespa fecha em leve alta; BRF despenca quase 20% com operação da PF

5 mar 2018 - 18h52
(atualizado às 19h52)
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O principal índice da bolsa paulista fechou em leve alta nesta segunda-feira, com o viés positivo do exterior atenuando a pressão negativa do setor de proteínas diante de operação da Polícia Federal, que levou à maior queda percentual diária das ações da BRF, de quase 20 por cento.

Operadores trabalhando na Bovespa, no centro de São Paulo
24/05/2016
REUTERS/Paulo Whitaker
Operadores trabalhando na Bovespa, no centro de São Paulo 24/05/2016 REUTERS/Paulo Whitaker
Foto: Reuters

O Ibovespa fechou em alta de 0,3 por cento, a 86.022 pontos. O giro financeiro somou 10,07 bilhões de reais, sendo que apenas a BRF movimentou 1,2 bilhão de reais, respondendo pelo maior giro financeiro individual do pregão, ligeiramente à frente de Petrobras PN, que movimentou 1,19 bilhão de reais.

Mais cedo, o mercado acionário local mostrou fraqueza, pressionado pela nova fase da operação Carne Fraca, da PF, que teve como alvo a BRF. Na mínima da sessão, o Ibovespa caiu 0,83 por cento, buscando retomar o fôlego durante a tarde, com ajuda do exterior e das perspectivas de recuperação da economia brasileira.

Além da alta nos preços do petróleo, que ajudaram a levantar as ações da Petrobras, o arrefecimento nas preocupações sobre uma guerra comercial global também ajudou a melhorar o humor em Wall Street, amparando a tentativa de recuperação no Brasil.

Nos EUA, a diminuição dos receios em torno de uma guerra comercial vieram após o presidente da Câmara dos Deputados, Paul Ryan, pedir que a administração de Donald Trump não avance com a proposta anunciada na semana passada de sobretaxar aço e alumínio no país, citando os riscos para a economia.

"Por aqui temos cada vez mais a percepção do mercado convergindo para nova redução da taxa Selic... e no exterior tem também a melhora das commodities, que contribui para emergentes", disse o analista da Lerosa Investimentos Vitor Suzaki.

DESTAQUES

- BRF ON desabou 19,75 por cento, a maior queda diária da história da empresa formada em 2009 após a fusão entre Sadia e Perdigão. O papel fechou a 24,75 reais, na menor cotação desde agosto de 2011. No ano, a ação acumula queda de 32,4 por cento e com a queda deste pregão a empresa perdeu 4,95 bilhões de reais em valor de mercado em relação ao fechamento de sexta-feira. A PF prendeu mais cedo o ex-presidente da BRF Pedro Faria e mais 10 pessoas.

- JBS ON caiu 5 por cento e MARFRIG ON perdeu 0,95 por cento, pressionadas por preocupações sobre os impactos da nova fase da Carne Fraca sobre as exportações de carne do Brasil. MINERVA ON, que não figura no Ibovespa, teve queda de 0,43 por cento.

- VALE ON recuou 0,11 por cento, em dia também negativo para os contratos futuros do minério de ferro, mas afastando-se das mínimas vistas mais cedo.

- CSN ON teve queda de 1,41 por cento e USIMINAS PNA perdeu 1,76 por cento, também reagindo à queda nos contratos futuros do minério de ferro e do aço na China, além da cautela em torno da possível taxação à importação de aço nos Estados Unidos. GERDAU PN foi na contramão e fechou em alta de 1,01 por cento.

- PETROBRAS PN subiu 2,84 por cento e PETROBRAS ON avançou 2,85 por cento, liderando a ponta positiva do Ibovespa e firmando-se no azul após os preços do petróleo no mercado internacional também intensificarem os ganhos.

- ITAÚ UNIBANCO PN ganhou 1,42 por cento e BRADESCO PN teve alta de 0,66 por cento, ajudando o viés positivo do índice devido ao peso em sua composição.

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