Ex-funcionários vencem Nubank na Justiça por serem obrigados a simular nudez em foto
Em decisão proferida no último dia 7 de maio pela Justiça do Trabalho de São Paulo, houve o reconhecimento da violação do direito de imagem
Ex-funcionários do Nubank venceram na Justiça do Trabalho de São Paulo por danos morais após serem obrigados a simular nudez em fotos corporativas, com indenização de R$10 mil, valor considerado insuficiente pela defesa.
Ex-funcionários do Nubank venceram uma disputa judicial contra o banco, em processo por danos morais, após alegarem que foram coagidos a tirar fotos corporativas que insinuavam nudez. O caso aconteceu em 2018.
As fotos eram individuais e mostravam o rosto e o ombro nus dos empregados. As imagens eram utilizadas na troca de mensagens com clientes, bem como para identificação oficial interna. O Nubank, por sua vez, afirma que as fotos faziam parte de uma campanha de engajamento de funcionários de 2018. A empresa, no entanto, não informou quando as fotos haviam deixado de ser utilizadas.
De acordo com o processo, aos homens era pedido que ficassem sem camisa, enquanto as mulheres tinham de baixar a alça da blusa e do sutiã. A foto fazia parte do processo de admissão na empresa. As fotos geraram muitas reclamações de clientes na internet.
Em decisão proferida no último dia 7 de maio pela Justiça do Trabalho de São Paulo houve o reconhecimento da violação do direito de imagem. Assim, determinou-se indenização de aproximadamente R$ 10 mil por danos morais aos envolvidos. Contudo, a defesa dos funcionários considera o valor insatisfatório e pretende recorrer a fim de aumentá-lo.
Em nota enviada ao Terra, o Nubank informou que "após análise interna, decidiu descontinuar e descartar todos os materiais de uma campanha voluntária realizada há sete anos, em 2018. Essa medida já foi comunicada aos nossos colaboradores e faz parte do nosso processo contínuo de aprimoramento e adequação de nossas ações".