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Banco Central eleva Selic em 0,5 ponto, e juros vão a 14,75% ao ano

Com isso, a taxa básica de juros volta ao patamar registrado em 2006, início do segundo mandato do governo Lula

7 mai 2025 - 18h37
(atualizado às 18h53)
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Diretores do Banco Central do Brasil decidiram elevar a Selic de 14,25% para 14,75% ao ano
Diretores do Banco Central do Brasil decidiram elevar a Selic de 14,25% para 14,75% ao ano
Foto: Raphael Ribeiro/ Banco Central

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) decidiu, por unanimidade, elevar a Selic, a taxa básica de juros da economia brasileira, de 14,25% para 14,75% ao ano. O anúncio foi feito nesta quarta-feira, 7. O aumento de 0,5 ponto percentual (p.p) veio em linha com as expectativas do mercado.

Com a alta, a taxa básica de juros volta ao patamar registrado em agosto de 2006, início do segundo mandato do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).  A Selic é a principal ferramenta do BC para controlar a inflação. Quando a inflação está alta, elevar a taxa Selic desestimula o consumo. 

"O cenário segue sendo marcado por expectativas desancoradas, projeções de inflação elevadas, resiliência na atividade econômica e pressões no mercado de trabalho. Tal cenário prescreve uma política monetária em patamar significativamente contracionista por período prolongado para assegurar a convergência da inflação à meta", diz trecho do comunicado.

Nas divulgações mais recentes, a inflação cheia e as medidas subjacentes mantiveram-se acima da meta para a inflação. No acumulado em 12 meses, a inflação soma 5,48%, acima do teto da meta que deve ser perseguida pelo BC. Definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta é de 3%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.

No comunicado, o Comitê não se comprometeu em indicar novas altas. "Para a próxima reunião, o cenário de elevada incerteza, aliado ao estágio avançado do ciclo de ajuste e seus impactos acumulados ainda por serem observados, demanda cautela adicional na atuação da política monetária e flexibilidade para incorporar os dados que impactem a dinâmica de inflação".

Para o mercado financeiro, a Selic deve encerrar 2025 em 14,75% ao ano. Para o fim de 2026, a estimativa é de que a taxa básica caia para 12,5% ao ano. Para 2027 e 2028, a previsão é de que ela seja reduzida novamente, para 10,5% ao ano e 10% ao ano, respectivamente.

O que é a Selic

A Selic é a referência para todas as taxas de juros do mercado brasileiro, definida pelo Copom, composto pelo presidente e diretores do Banco Central. Ela é o principal instrumento de política monetária utilizada para controlar a inflação.

Quando os juros sobem, os financiamentos, empréstimos e pagamentos com cartão se tornam mais caros, o que desencoraja o consumo e, por consequência, estimula a queda na inflação. Por outro lado, se a inflação está baixa e o BC reduz os juros, isso torna os empréstimos mais baratos e incentiva o consumo.

Como a Selic é definida

O Banco Central avalia as condições da inflação, da atividade econômica, das contas públicas e o cenário externo para definir o que fazer com a Selic, sempre com o objetivo de manter a inflação dentro da meta.

Essa é uma prática comum em governos e autoridades monetárias. O Federal Reserve (Fed) define os juros básicos da economia americana e o Banco Central Europeu faz o mesmo com os juros dos países da zona do euro.

Meta de inflação

O objetivo do Copom é manter a inflação brasileira dentro da chamada meta de inflação, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que determina a meta de três anos à frente, visando uma inflação previsível, estável e baixa, que possa ajudar a economia brasileira a crescer.

Fonte: Redação Terra
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