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Empresário cuja fortuna diminuiu US$ 80 bilhões em 2023 volta a ser o homem mais rico da Ásia

Gautam Adani ganhou mais de US$ 13 bilhões nos últimos dois dias e ultrapassou seu compatriota Mukesh Ambani

5 jan 2024 - 12h13
(atualizado às 12h36)
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Resumo
O industrial Gautam Adani voltou a ser o homem mais rico da Ásia segundo o Índice de Bilionários da Bloomberg, recuperando cerca de US$ 13 bilhões nos últimos dois dias. Ele é dono de empresas de mineração, usinas de energia e aeroportos e, em 2020, teve seu patrimônio pessoal reduzido em US$ 34 bilhões em apenas três dias, o que o fez perder o posto de quarto homem mais rico.
Gautam Adani
Gautam Adani
Foto: Vishal Bhatnagar/NurPhoto via Getty Images

O indiano Gautam Adani, cuja fortuna diminuiu US$ 80 bilhões no ano passado, recuperou nesta sexta-feira, 5, o posto de homem mais rico da Ásia, segundo o Índice de Bilionários da Bloomberg.

O industrial ganhou mais de US$ 13 bilhões em património líquido nos últimos dois dias, segundo reportagem da CNN. Assim, sua fortuna agora é calculada em US$ 97,6 bilhões, o que fez com que ultrapasse seu compatriota Mukesh Ambani (US$ 97 bilhões) e se tornasse o asiático mais rico do mundo, segundo o índice da Bloomberg.

Elon Musk continua no posto de homem mais rico do mundo (US$ 220 bilhões), seguido por Jeff Bezos (US$ 169 bilhões) e Bernard Arnault (US$ 168 bilhões). Adani aparece como 12º colocado no ranking global, e Ambani caiu para 13º.

Adani é um dos maiores nomes da infraestrutura do seu país e é conhecido por ser um dos maiores empresários da Índia: seus investimentos que vão desde minas de carvão, um dos seus primeiros negócios, até usinas de energia, portos e aeroportos.

Ano difícil em 2023

Adani estava entre as pessoas mais ricas do mundo até janeiro do ano passado, quando seu patrimônio pessoal diminuiu US$ 34 bilhões em apenas três dias. A queda fez com que caísse do quarto lugar para o 11º na lista da Bloomberg.

As ações das empresas do Grupo Adani registraram uma perda de mais de US$ 68 bilhões no valor de mercado, após a publicação de um relatório da Hindenburg Research, empresa de investimentos norte-americana, alegando "manipulação descarada de ações e fraude contábil". O conglomerado rebateu as acusações, que descreveu como "mal-intencionadas".

O caso foi parar na Justiça indiana. Na última quinta, dia 4, o Supremo Tribunal da Índia descartou as acusações contra o conglomerado de Adani.

"A verdade prevaleceu. Sou grato a todas as pessoas que nos apoiaram. Nossa humilde contribuição para a história de crescimento da Índia continuará", disse Gautam Adani após a decisão.

O Supremo Tribunal instruiu o regulador do mercado e as agências de investigação do país a investigar se a perda sofrida pelos investidores indianos devido à conduta da Hindenburg Research e de outras entidades ao assumirem posições de venda a descoberto antes da publicação do relatório envolveu uma violação da lei indiana.

Apesar dos acontecimentos do último ano, o Grupo Adani continuou sua trajetória de crescimento. Em dezembro, o conglomerado anunciou um investimento de US$ 100 bilhões na transição de energia verde durante os próximos 10 anos. Cinco das empresas do seu portfólio estabeleceram uma meta de se tornarem "net zero" até 2050.

O portfólio de empresas Adani demonstrou um desempenho financeiro sólido, ao mesmo tempo que melhorou o perfil de crédito no primeiro semestre do ano fiscal de 2024. Durante o período, o EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) se situou em 43,688 bilhões de rupias (US$ 5,3 bilhões), um aumento de 47% em termos homólogos.

O Grupo Adani também recebeu um importante apoio do governo dos EUA, ao receber financiamento de US$ 553 milhões para a construção de um terminal portuário no Sri Lanka.

O financiamento da Corporação Financeira dos EUA para o Desenvolvimento Internacional (DFC) do terminal em Colombo é o maior investimento em infraestruturas da agência governamental dos EUA na Ásia e um dos maiores a nível mundial.

Isso impulsionará o crescimento econômico do Sri Lanka e "sua integração econômica regional, inclusive com a Índia, uma parceira fundamental para ambos os países", segundo um comunicado da DFC. *Com informações da AP

Estadão
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