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Empregados da Eletrobrás preparam greve para dia 17

Sindicatos querem fazer paralisação de 24h na próxima terça-feira, contra a privatização da empresa e reivindicando saída do presidente da estatal, Wilson Ferreira Jr.

12 jul 2018 - 15h56
(atualizado às 17h29)
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RIO- Os sindicatos dos empregados da Eletrobrás estão realizando assembleias por todo País para aprovar a realização de uma greve de 24 horas no dia 17 de julho, em protesto contra a privatização da empresa e para pedir a saída do presidente da estatal, Wilson Ferreira Jr. A ameaça de ter que devolver Participações no Lucro e Resultados (PLR) referentes aos anos de 2012 e 2013, no valor de R$ 75 milhões, além de uma possível suspensão do pagamento do PLR deste ano também estão no foco das manifestações.

Segundo o Sindicato dos Urbanitários do Distrito Federal, que aprovou a greve nesta quinta-feira, 12, a categoria fará o alerta no dia 17 e já prepara outra paralisação para outra data próxima ao leilão das distribuidoras da empresa, marcado para 26 de julho. A data da greve ainda está sendo avaliada, segundo a assessoria do sindicato. Amanhã serão realizadas assembleias na sede da Eletrobrás e em Furnas, e no dia 16 no Cepel e na Eletronuclear.

Além da privatização da Eletrobras, os empregados querem lutar contra a decisão da Controladoria-Geral da União (CGU) de considerar ilegal o PLR recebidos em 2012 e 2013, quando a Eletrobrás teve prejuízo. "O pagamento da PLR seguiu todos os tramites legais, recebemos a Participação por conta dos indicadores operacionais", disse a dirigente sindical do STIU-DF, Fabiola Antezana, no site do sindicato. Ela informou que o assunto está sendo analisado pela assessoria jurídica da entidade.

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A sindicalista alerta ainda para uma possível suspensão do pagamento do PLR referente a 2017, que segundo ela, teria sido suspenso pelo presidente da Eletrobrás até que resolva a questão apontada pela CGU. Procurada, a Eletrobras não soube informar imediatamente se o pagamento do PLR de 2017 foi suspenso.

Outro lado. A Eletrobrás afirmou que vai pagar normalmente a Participação nos Lucros e Resultados (PLR) aos seus empregados, apesar do prejuízo de R$ 1,7 bilhão registrado no exercício, seguindo uma prática que levou a Controladoria Geral da União (CGU) a recomendar uma investigação administrativa para apurar a responsabilidade do pagamento do PLR durante os anos de 2012 e 2013, quando a estatal também registrou prejuízo.

"A informação não procede. O processo de pagamento da PLR referente a 2017 está seguindo a tramitação normal dentro da empresa", informou a assessoria da Eletrobrás.

Na última quarta-feira, 11, ao ser indagada sobre a possibilidade dos empregados terem que devolver R$ 75 milhões por recebimento indevido de PLR, diante das perdas apresentadas pelas estatal, a Eletrobrás também justificou o pagamento afirmando que o mesmo ocorreu dentro da legalidade.

"A Eletrobrás atua em conformidade com as regras legais pertinentes à Participação nos Lucros ou Resultados e analisa o relatório de avaliação da CGU de modo a adotar as medidas aplicáveis tempestivamente, tendo sido agendada reunião com a CGU para tratar especificamente do tema", afirmou a estatal na quarta-feira.

Estadão
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