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Ei, RH, como saber se seus colaboradores estão endividados?

Existe uma forma prática da área de Recursos Humanos ajudar os colaboradores?

7 ago 2023 - 06h30
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Foto: Adobe Stock

As notícias são alarmantes: 76,3% das famílias brasileiras estão endividadas, o maior número em 11 anos. Ou seja, 7 em cada 10 famílias contraíram algum tipo de dívida com o sistema financeiro. 

Como sempre, o cartão de crédito foi o tipo de dívida mais citado pelas famílias, alcançando o patamar de 82,6% na média anual. Em segundo lugar, ficaram, os carnês de lojas, apontado por 18,1% das famílias, e, em terceiro, o financiamento de carro, por 11,6%. Na sequência, aparece o financiamento de casa (9,1%) e o crédito pessoal (9%).

Se 76,3% das famílias estão endividadas, então dá pra dizer que provavelmente 76,3% dos seus colaboradores também estão com desafios financeiros. A chance disso ser verdadeiro é muito grande.

O RH deve ficar de olho

Como o RH pode perceber os problemas de endividamento dos colaboradores:

  • • Pedidos de empréstimo consignado

Endividados entram em ciclos contínuos de empréstimos para pagar empréstimos.

  • • Pedidos de horas extras

O colaborador se oferece para dobrar turnos e fazer horas as horas extras programadas.

  • • Pedido de adiantamento

O endividado pede adiantamento de 13º, férias, vende as férias, etc.

  • • Pedido de demissão

O endividado tenta fazer acordo com a empresa para ser demitido e pegar o FGTS.

  • • Turnover

O endividado deixa o emprego atual para ganhar 50 a 100 reais a mais em outra empresa.

Impactos no endividamento

  • • Impacto na segurança

A chance de ficar distraído no trabalho é 5 vezes maior para quem está estressado, aumentando assim a chance de sofrer acidentes. A falta de dinheiro afeta a capacidade de pensar tornando a tomada de decisão lenta e imprecisa. (Fonte: AOL-EUA 2012)

  • • Impacto na produtividade

97% dos funcionarios endividados utilizam horas do trabalho para resolver questões financeiras, sendo que 22% utilizam mais de 5 horas semanais. (Fonte: SHRM 2012 e PWHC-EUA 2012)

  • • Impacto na saúde 

27% desenvolvem úlceras; 44% sofrem de enxaquecas; 23% sofrem de depressão severa; 6% sofrem ataques cardíacos; 51% apresentam tensão muscular; 25% sofrem insônia. (Fonte: AOL-EUA 2012)

  • • Educação é tudo de bom! 

76% dos colaboradores repensam suas escolhas após passarem pelo processo de educação financeira. (Fonte: Icatu Seguros e Instituto RGaber)

Outras questões a se consderar

Outros problemas relacionados ao endividamento segundo um estudo realizado pelo Isma-Br em 2018:

  • • 56% dos entrevistados usavam bebidas alcoólicas para evitar pensar sobre as dívidas;
  • • 53% tomavam medicamentos e drogas para fugir do problema;
  • • 35% descontavam a tensão em junkie food.

Cuidados que o setor de Recursos Humanos precisa ter com os endividados:

  • • Olhar empático e sem julgamento ao problema

Nem todos os indivíduos que estão inadimplentes são "caloteiros". Nós não tivemos acesso à educação financeira ao longo da nossa vida. Então não julgue, por favor.

  • • Educação Financeira

É necessário alfabetizar financeiramente os indivíduos para que eles possam tomar as melhores decisões. Isso só se faz com acesso à informação de qualidade.

  • • Estímulo ao consumo consciente

Há uma necessidade urgente de conscientizar os seres humanos a respeito da sustentabilidade, inclusive do consumo.

O que fazer quando houver colaborador endividado?

 Ah, mas o que fazer quando há colaboradores endividados? Bom, um dos meus programas favoritos de prevenção ao endividamento são as palestras.

Com o objetivo de provocar reflexão, desejo de mudança e iniciativa para tal, as palestras são uma excelente forma de aprendizagem de conteúdos e práticas focadas em um público ou tema específico.

A relação custo-benefício é bem interessante, pois é possível atingir um público maior em um só encontro, com custo unitário mais baixo, ou seja, um excelente investimento.

Ideais para SIPAT, Jornadas e Semanas Acadêmicas, Semana da Mulher, Semana da Educação Financeira e outros eventos.

(*) Patriciah Froner é educadora financeira.

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