PUBLICIDADE

Economistas do mercado financeiro já veem alta do PIB de 3,45% este ano

Segundo as projeções do boletim Focus, divulgado pelo Banco Central, a inflação deve terminar 2021 em 5,15%, acima do centro da meta oficial

17 mai 2021 - 11h03
Compartilhar
Exibir comentários

BRASÍLIA - Os economistas do mercado financeiro melhoraram suas projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2021. Conforme o Relatório de Mercado Focus, divulgado nesta segunda-feira, 17, pelo Banco Central, a expectativa para a atividade econômica este ano passou de alta de 3,21% para elevação de 3,45%. Para 2022, o mercado financeiro alterou a previsão do PIB de alta de 2,33% para 2,38%.

O recrudescimento da pandemia no início do ano afetou menos a atividade econômica do que o previsto inicialmente, provocando uma onda de revisões para cima nas projeções para o desempenho do PIB em 2021, como mostrou reportagem do Estadão. Elevaram suas estimativas as corretoras XP e Ativa, os bancos de investimento Credit Suisse, UBS, Bank of America e Goldman Sachs e as consultorias MB Associados e Parallaxis Economics, entre outros. Na média, as projeções de crescimento passaram de 3,2%, em abril, para 3,8% agora, conforme levantamento do Projeções Broadcast, com 35 instituições.

Segundo Relatório de Mercado Focus, divulgado pelo Banco Central, expectativa para atividade econômica este ano passou de alta de 3,21% para elevação de 3,45%.
Segundo Relatório de Mercado Focus, divulgado pelo Banco Central, expectativa para atividade econômica este ano passou de alta de 3,21% para elevação de 3,45%.
Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil / Estadão

Os analistas do mercado também elevaram a previsão para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) - o índice oficial de preços - em 2021. O relatório Focus mostra que a estimativa para o IPCA este ano foi de alta de 5,06% para 5,15%. Há um mês, estava em 4,92%. A projeção para o índice em 2022 passou de 3,61% para 3,64% e, para 2023, seguiu em 3,25%.

A projeção dos economistas para a inflação está acima do centro da meta de 2021, de 3,75%, sendo que a margem de tolerância é de 1,5 ponto para mais ou para menos(de 2,25% a 5,25%). A meta de 2022 é de 3,50%, com margem de 1,5 ponto (de 2,00% a 5,00%), enquanto o parâmetro para 2023 é de inflação de 3,25%, com margem de 1,5 ponto (de 1,75% a 4,75%).

A meta de inflação é fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Para alcançá-la, o Banco Central eleva ou reduz a taxa básica de juros da economia (Selic).

Em abril, o IPCA desacelerou para 0,31%, depois de registrar alta de 0,93% em março. Apesar da melhora, a taxa de inflação acumulada em 12 meses subiu a 6,76%, o maior patamar desde novembro de 2016.

No último dia 5, para conter a escalada mais recente da inflação, o Banco Central elevou a Selic de 2,75% para 3,50% ao ano. Foi o segundo aumento consecutivo de 0,75 ponto porcentual, em um movimento iniciado em março. Ao anunciar a decisão, o BC sinalizou a intenção de promover novo aumento no próximo mês, para 4,25% ao ano.

Os analistas do mercado financeiro mantiveram suas projeções para a Selic em 5,50% ao ano no fim de 2021. Para 2022, a projeção passou de 6,25% para 6,50% ao ano, a mesma esperada para 2023.

Estadão
Compartilhar
TAGS
Publicidade
Publicidade