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Economia da zona do euro vai se recuperar no próximo ano, mas inflação não acelerará, diz Comissão da UE

7 mai 2019 - 10h21
(atualizado às 10h36)
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A economia da zona do euro se recuperará no ano que vem de uma desaceleração em 2019 e o desemprego cairá ainda mais, mas a inflação deve permanecer nos níveis deste ano e abaixo da meta do Banco Central Europeu, informou a Comissão Europeia nesta terça-feira.

REUTERS/Regis Duvignau
REUTERS/Regis Duvignau
Foto: Reuters

O braço executivo da União Europeia disse em sua projeção econômica trimestral para os 28 países da UE que o Produto Interno Bruto da zona do euro crescerá 1,2 por cento este ano, mais lento do que a alta de 1,3 por cento prevista em fevereiro, e bem abaixo do crescimento de 1,9 por cento de 2018. Mas deve se recuperar para 1,5 por cento em 2020.

O desemprego nos 19 países que compartilham o euro deve cair para 7,3 por cento no próximo ano, ante 7,7 por cento esperados para este ano.

"Em 2020, a expectativa é de que os fatores domésticos adversos diminuam e a atividade econômica fora da UE se recupere, apoiada pelo afrouxamento das condições financeiras globais e do estímulo monetário em algumas economias emergentes", disse a Comissão.

A inflação na zona do euro deve ficar abaixo da meta do BCE de cerca de 2 por cento, já que apesar do crescimento mais rápido no próximo ano, os preços aumentarão apenas 1,4 por cento, o mesmo que este ano.

O BCE projeta que a inflação na zona do euro seja de 1,2 por cento este ano e de 1,5 por cento em 2020 e já anunciou planos para fornecer ainda mais estímulo através de uma nova rodada de empréstimos baratos aos bancos para ajudar a economia.

Como resultado da desaceleração deste ano, o déficit orçamentário agregado da zona do euro aumentará para 0,9 por cento do PIB, de 0,5 por cento no ano passado, e permanecerá em 0,9 por cento em 2020.

A dívida agregada da zona do euro deverá cair para 85,8 por cento do PIB este ano, de 87,1 por cento no ano passado, e cair para 84,3 por cento em 2020, com a Alemanha indo abaixo do teto da UE de 60 por cento do PIB este ano pela primeira vez desde 2002.

"No lado externo, estão uma nova escalada dos conflitos comerciais e fraqueza nos mercados emergentes, em particular na China. Na Europa, devemos ficar atentos a um possível Brexit sem acordo, incerteza política e um possível retorno do loop de soberania dos bancos", disse o vice-presidente da Comissão, Valdis Dombrovskis, em um comunicado.

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