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Dólar tem leves oscilações ante real com correção e otimismo com cena política

13 jul 2017 - 12h00
(atualizado às 12h27)
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O dólar tinha leves oscilações ante o real nesta quinta-feira, com movimento de correção se dividindo com otimismo com a percepção de que o banco central norte-americano não está com pressa para subir os juros e com o cenário político local.

Notas de reais e dólares em casa de câmbio no Rio de Janeiro 10/09/2015 REUTERS/Ricardo Moraes
Notas de reais e dólares em casa de câmbio no Rio de Janeiro 10/09/2015 REUTERS/Ricardo Moraes
Foto: Reuters

Às 11:55, o dólar avançava 0,15 por cento, a 3,2124 reais na venda, depois de acumular queda de 2,76 por cento nos últimos quatro pregões. O dólar futuro tinha leve alta de cerca de 0,05 por cento.

"Acredito que o dólar pode perfeitamente passar a oscilar entre 3,20 e 3,25 reais", afirmou o superintendente da Correparti Corretora, Ricardo Gomes da Silva.

De modo geral, o mercado tem precificado que, mesmo que o presidente Michel Temer perca seu mandado, a atual política econômica com foco em reformas e controle fiscal vai continuar, trazendo um pouco mais de alívio aos investidores. Por isso, o dólar saiu da casa de 3,30 reais no início do mês para ao redor de 3,20 reais.

Temer foi denunciado por corrupção passiva e ainda é investigado por crimes de obstrução de Justiça e organização criminosa, ameaças que podem tirá-lo do cargo. Na linha sucessória, está o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que tem o perfil reformista também.

Nesta semana, foi aprovada a reforma trabalhista e as atenções se voltam agora para o andamento da reforma da Previdência no Congresso Nacional.

"O mercado comemora os avanços, com ou sem Temer. O que prevalece é o andamento das reformas", acrescentou Silva.

Interessado nas reformas, o mercado também comemorou a condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a nove anos e meio de prisão na véspera, colocando-o mais distante das eleições de 2018. Lula é visto por parte do mercado como um político menos preocupado com ajuste fiscal.

Do cenário externo, também vinham avaliações mais positivas, com sinais de que o Federal Reserve, banco central norte-americano, não deve elevar os juros mais do que o esperado.

Na véspera, a chair do Fed, Janet Yellen, afirmou que a taxa de juros "não teria que aumentar tanto mais" para chegar a um nível neutro que não incentiva nem desencoraja a atividade.

Juro menor nos Estados Unidos tende a incentivar os investidores a manterem seus recursos em outras praças, como a brasileira.

O dólar recuava ante divisas emergentes como os pesos chileno e mexicano.

O Banco Central brasileiro vendeu integralmente a oferta de até 8,3 mil swaps cambiais tradicionais --equivalente à venda futura de dólares-- para rolagem dos contratos que vencem em agosto. Com isso, já rolou 1,660 bilhão de dólares do total de 6,181 bilhões de dólares que vence no mês que vem.

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