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Dólar sobe com ajuste a exterior; volatilidade cambial torna a cair

15 jul 2019 - 17h12
(atualizado às 17h39)
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O dólar subiu ante o real nesta segunda-feira, primeira alta em mais de uma semana, num movimento amparado pela força da moeda no exterior.

REUTERS/Paulo Whitaker
REUTERS/Paulo Whitaker
Foto: Reuters

Contudo, a volatilidade implícita no câmbio voltou a cair, renovando o menor patamar desde abril de 2018, num sinal de que investidores têm enxergado menos riscos à frente.

O dólar à vista subiu 0,45%, a 3,7563 reais na venda. É a primeira alta desde 5 de julho, quando a cotação avançou 0,54%.

Na B3, o dólar futuro tinha ganho de 0,56%, para 3,7625 reais.

O índice, que mede o valor do dólar contra uma cesta de moedas, subia 0,14% no fim da tarde, puxado pelas quedas do euro e da libra esterlina.

O mercado compra mais dólares conforme reavalia as chances de um corte mais agressivo de juros pelo Federal Reserve, em meio a alguma trégua nas tensões comerciais EUA-China e recordes nos mercados de ações dos EUA.

Apesar do viés de dólar forte no exterior, o real figurou nesta sessão entre as moedas de pior desempenho, com a terceira pior performance, melhor apenas que o peso argentino e a libra.

Analistas viram o desempenho mais fraco do real como um ajuste, depois de a moeda brasileira ter encabeçado a lista de ganhos por várias sessões, diante do otimismo com o andamento da reforma da Previdência.

"Apesar do adiamento do segundo turno para agosto, os mercados estão reagindo com calma. Existe uma percepção entre os analistas de que o grande número de votos a favor dificilmente será revertido", disse economista-chefe da Genial Investimentos, José Márcio Camargo.

O mercado ainda espera dólar de 3,80 reais ao fim do ano, segundo a mais recente pesquisa Focus. E, de acordo com agentes financeiros, uma queda mais sustentada do dólar depende não apenas da aprovação da reforma da Previdência.

"Em nossa opinião, a performance relativamente mais fraca tanto das ações quanto do câmbio está ligada empiricamente ao crescimento mais fraco", disseram analistas do UBS em nota a clientes.

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