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Dólar recobra forças e fecha perto da estabilidade, Previdência segue no foco

19 mar 2019 - 18h00
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O dólar terminou a sessão desta terça-feira praticamente estável, abandonando a firme queda de mais cedo, em sintonia com uma piora de humor nos mercados internacionais, em meio aos sinais conflitantes sobre as negociações comerciais entre Estados Unidos e China.

Notas de dólares e de reais em corretora de câmbio no Rio de Janeiro
10/09/2015 REUTERS/Ricardo Moraes
Notas de dólares e de reais em corretora de câmbio no Rio de Janeiro 10/09/2015 REUTERS/Ricardo Moraes
Foto: Reuters

Do lado doméstico, tampouco ajudaram as declarações do presidente em exercício, Hamilton Mourão, de que o projeto com alterações na Previdência dos militares proposto pelo governo trará aos cofres públicos uma economia de 13 bilhões de reais em dez anos, bem abaixo dos 92 bilhões de reais inicialmente divulgados pela equipe econômica.

Posteriormente e já no final das negociações do câmbio, Mourão, que está no exercício da Presidência durante visita do presidente Jair Bolsonaro aos EUA, voltou atrás e disse que errou ao fazer a estimativa.

No fechamento, o dólar à vista teve variação negativa de 0,06 por cento, a 3,7892 reais na venda.

Na mínima do dia, a moeda norte-americana chegou a cair 0,73 por cento, para 3,764 reais, menor patamar intradiário desde 1º de março. Na máxima, alcançada à tarde, a cotação subiu para 3,7995 reais, alta de 0,21 por cento.

A ligeira queda do fechamento, contudo, foi suficiente para levar o dólar ao menor patamar de encerramento desde o último dia 5 (3,7803 reais).

Na B3, a referência do dólar futuro cedia 0,08 por cento, a 3,7915 reais, longe da mínima de mais cedo, de 3,7670 reais.

"Tem mais cara de uma pausa. No geral, as notícias sobre a Previdência têm vindo dentro da normalidade", disse Roberto Campos, gestor de câmbio na Absolute Investimentos.

A despeito da tomada de fôlego nesta sessão, o dólar ainda acumula queda de 2,46 por cento desde a máxima recente, de 7 de março (3,8847 reais). A melhora do ambiente externo combinada com o otimismo sobre a evolução da reforma previdenciária ajudou a trazer alívio ao câmbio local.

"Mantenha-se com posição acima da média do mercado em real", recomendou o J.P. Morgan em relatório recente. O banco norte-americano considera que o "valuation" da taxa de câmbio doméstica tem melhorado, com modelos de taxa de equilíbrio tanto para o médio quanto para o longo prazo indicando que o real está atualmente "barato".

Com influência negativa sobre o real no fim da sessão, os mercados de ações nos EUA perderam fôlego próximo do fechamento. O dólar australiano, "proxy" de demanda por risco, caía 0,17 por cento. O mercado demonstrou incômodo com a falta de progresso efetivo nas negociações comerciais entre China e EUA.

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