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Dólar mantém alta pela 6ª vez seguida e ronda R$ 3,75

18 mai 2018 - 17h09
(atualizado às 18h04)
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Notas de dólar
14/11/2014
REUTERS/Gary Cameron/File Photo
Notas de dólar 14/11/2014 REUTERS/Gary Cameron/File Photo
Foto: Reuters

A alta do dólar não dá trégua e a moeda assumiu novos patamares nesta sexta-feira, perto de R$ 3,75 e renovando os maiores níveis em mais de dois anos, com os investidores acompanhando o movimento da moeda ante divisas de países emergentes.

O dólar avançou 1,04%, a R$ 3,7396 na venda, maior patamar desde os R$ 3,7630 de 15 de março de 2016. Na semana, o dólar ficou 3,85% mais caro no Brasil.

Foi a sexta sessão consecutiva de elevação, período no qual subiu 5,44%. Também foi a quarta semana seguida de valorização, período no qual o dólar ficou 9,61% mais caro.

Na máxima da sessão, a moeda chegou a R$ 3,7774, com um movimento de zeragem de posições vendidas, quando o investidor se desfaz de posições que apostam na queda do dólar. O dólar futuro tinha alta de 1,15%.

Com essa forte valorização no pico do pregão, os profissionais das mesas estavam se questionando se o BC iria ampliar sua intervenção no câmbio, para além da rolagem de contratos de swap cambial, que equivalem à venda futura da moeda.

"O dólar vai continuar subindo aqui enquanto lá fora a moeda não acalmar", destacou um gestor de derivativos de uma corretora local.

No exterior, o dólar subia ante a cesta de moedas, ajudado pela fraqueza do euro em meio à cautela dos investidores com as incertezas políticas na Itália.

O índice do dólar subiu 5% desde meados de fevereiro, com os investidores apostando que a taxa de juros nos Estados Unidos terá que subir mais para conter a inflação

A moeda norte-americana também tinha alta firme ante as divisas de países emergentes, como a lira turca e o peso chileno.

Internamente, apesar da forte valorização da moeda norte-americana nos últimos dias, que ajudou o Banco Central a se decidir por manter a Selic em 6,50% ao ano no seu encontro de política monetária desta semana, a autoridade monetária não promoveu por ora mudanças em sua política de swaps.

"Uma atuação mais firme por parte do Banco Central poderia contribuir para aliviar a pressão no câmbio", acredita o gestor citado acima.

Nesta sessão, o BC vendeu os 5 mil novos contratos de swaps cambiais tradicionais --equivalentes à venda futura de dólares--, totalizando US$ 1,250 bilhão em cinco dias de leilões.

Também vendeu integralmente os 4.225 de swaps tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares, já rolando US$ 4,171 bilhões do total de US$ 5,650 bilhões que vencem em junho.

"O discurso do BC de que o movimento do dólar está alinhado ao exterior tem um limite. Seria prudente atuar (com mais firmeza) para conter a volatilidade. O movimento de alta do dólar está muito rápido", avaliou o operador da corretora H.Commcor Cleber Alessie Machado.

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