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Comércio Brasil-Canadá atingirá maior nível já visto na história

Intercâmbio comercial entre os dois países caminha para ultrapassar recorde histórico

13 ago 2022 - 03h00
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Foto: CCBC / Divulgação

Brasil e Canadá caminham para registrar em 2022 o maior nível já visto em toda a história do intercâmbio comercial entre os dois países, estimulado principalmente pelo aumento na quantidade de negócios, revela o estudo Quick Trade Facts, elaborado pela Câmara de Comércio Brasil-Canadá (CCBC).

Em 2021, a corrente de comércio – que representa a soma das importações e exportações - registrou o maior recorde em uma década: US$ 7,4 bilhões no total. O patamar mais próximo tinha sido conquistado somente em 2011, quando atingiu US$ 6,7 bilhões.

Agora em 2022, considerando apenas a metade do ano, a cifra já está em US$ 4,9 bilhões. Segundo especialistas da CCBC, e caso a tendência siga nesse ritmo devido ao crescimento das importações, a relação entre Brasil e Canadá será a maior já vista na história das duas nações.

O menor nível na última década foi visto em 2016, quando ficou em US$ 4,2 bilhões. De lá para cá, porém, os resultados foram se tornando mais expressivos – apontando para uma maior complementaridade das duas economias nos anos seguintes.

Ranking comercial

O total de US$ 4,9 bilhões alcançados na corrente comercial entre janeiro e junho de 2022 representa um avanço de 63% frente aos US$ (FOB) 3,07 bilhões registrados em igual período do ano passado. O saldo comercial ficou positivo para o Brasil em US$ 8,5 milhões.

Considerando os dados do primeiro semestre de 2022, o Canadá ocupou a 13ª posição como o maior destino das exportações brasileiras. Já no ranking das importações, o país norte-americano ficou em 10º lugar.

O “match perfeito”

“Brasil e Canadá estão vivendo um momento único na sua relação bilateral. Empresas brasileiras de diferentes tamanhos e setores - e que até então não incluíam o Canadá no radar de mercados - estão agora abrindo os olhos para a imensa oportunidade de não apenas exportar, como também de criar bases de operações em território canadense”, afirma Paulo de Castro Reis, diretor de Relações Institucionais da CCBC.

“As companhias estão identificando que essa ‘nova ponte’ facilitará, posteriormente, a ampliação das vendas e entrada nos mercados dos Estados Unidos e até da Europa”, explica.

No sentido inverso, Castro Reis lembra de uma recente iniciativa da CCBC que tem contribuído, consideravelmente, para a chegada de novos negócios canadenses ao Brasil.

“A CCBC inaugurou recentemente o Canada Hub, que atua como uma aceleradora para empresas canadenses aterrissarem no Brasil. Oferecemos um espaço de escritório virtual ou presencial, endereço fiscal para que possam abrir um CNPJ e apoio no mapeamento de oportunidades e desenvolvimento de negócios. Essa ação tem despertado o interesse de várias companhias do Canadá.”

De olho nas exportações

Os embarques ao Canadá totalizaram 2,4 bilhões no primeiro semestre de 2022, um aumento de 16% em comparação à igual período do ano anterior, quando foram registradas vendas externas de US$ 2,1 bilhões.

Os principais destaques nas exportações brasileiras ao Canadá e com maior peso na balança comercial no período foram: químicos inorgânicos (óxido de alumínio, dióxido de silício e pentóxido de divanádio, usados principalmente nas indústrias farmacêutica, automobilística e de vidros e cerâmica) com alta de 34%; açúcares e produtos de confeitaria (+28%); e pérolas metais e pedras preciosas (+17%).

Entre as altas expressivas, embora com menor peso na balança comercial, figuram algodão (897%) e alumínio (571%). Entre os setores econômicos considerados cruciais na relação com o Canadá, a exportação de proteína animal cresceu 44%, obras de ferro fundido e aço subiu 246% e o segmento de aeronaves e aparelhos espaciais avançou 264%.

Salto nas importações

As compras de produtos canadenses totalizaram US$ 2,4 bilhões no primeiro semestre deste ano, disparando 174% frente janeiro-junho de 2021, quando somaram US$ 908,2 milhões.

Dentre os produtos mais adquiridos pelo Brasil, destaque para a indústria química (em especial fertilizantes), cuja alta significativa foi 454% impulsionada principalmente pelos conflitos envolvendo a guerra entre Rússia e Ucrânia.

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