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Brasil bate recorde de jovens ‘Nem Nem’: como administrar? 

Entidade alerta para risco de um verdadeiro colapso social no País

14 jan 2023 - 02h00
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Foto: Adobe Stock

O Brasil é atualmente o segundo país com maior percentual de jovens “Nem Nem” (nem estudam e nem trabalham) do mundo, ficando apenas atrás da África do Sul. O estudo, elaborado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), aponta que 36% das pessoas na faixa etária entre 18 e 24 anos não estudam nem trabalham no país. 

Para Brenda Santos, diretora de Operações da JA Brasil, entidade que atendeu a mais de 300 mil jovens em 2022, é preciso que haja uma reunião de esforços para tirar o Brasil desse ranking, que pode gerar um colapso social sem precedentes.

“Podemos afirmar que os jovens, principalmente os das classes mais pobres, foram deixados à deriva nos últimos dois anos. A JA Brasil, juntamente com seus parceiros, trabalhou no sentido de não deixar essa crise ficar ainda maior. Precisamos que os governos olhem definitivamente para esse problema, que já chegou ao seu limite”, alerta Brenda.

Preparação pro mercado de trabalho

Brenda salienta que a JA Brasil empreendeu mais de 40 projetos durante todo o ano de 2022, nos mais variados estados do país, tendo em vista a qualidade da educação e a preparação para o mercado de trabalho.

“Conseguimos retomar eventos importantes, como o Findinexa Brasil, onde reunimos mais de 130 jovens de todo o Brasil e de países da América Latina. O evento contou com atividades acadêmicas e integrativas, recebendo palestrantes e convidados falando sobre temas como diversidade, carreiras e empregabilidade”, diz a representante da JA Brasil.

Um dos principais projetos da JA Brasil, fruto da parceria entre BID Lab e Google, o programa Tech JA, que capacita gratuitamente jovens na área de tecnologia da informação (TI), conseguiu formar, entre 2020 e 2022, 1.202 estudantes. Destes, 261 (20%) já conseguiram entrar no mercado de trabalho. O

 programa, implementado nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Ceará, Espírito Santo, Pernambuco, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, além do Distrito Federal, oferece bolsas para jovens, entre 18 e 29 anos, que tenham concluído o ensino médio na rede pública de educação.

“Esse é um resultado que apenas ressalta a demanda reprimida de jovens que estão buscando qualificação para ter condições de entrar no mercado de trabalho ou empreender neste setor”, exemplifica Brenda.

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