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De olho na equipe de Temer, juros futuros operam em queda

Mercado também digere a possibilidade de Ilan Goldfajn, economista-chefe do Itaú Unibanco, assumir a presidência do Banco Central.

25 abr 2016 - 12h01
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Possibilidade de ter Ilan Goldfajn no BC atenua preocupações do mercado
Possibilidade de ter Ilan Goldfajn no BC atenua preocupações do mercado
Foto: Wilson Dias/Agência Brasil / O Financista

As taxas de juros futuros operam em queda nesta segunda-feira (25) com os agentes do mercado ajustando suas posições frente à possibilidade de Henrique Meirelles, ex-presidente do Banco Central, assumir o Ministério da Fazenda.

Segundo a Folha de S.Paulo, Meirelles foi sondado, mas impôs condições para assumir a pasta. O ex-BC disse a Temer que só assumiria o ministério se tivesse a palavra final sobre os outros nomes da equipe econômica – Banco Central, BNDES, Caixa, Banco do Brasil e Ministério do Planejamento.

A conversa entre Meirelles e o vice-presidente ocorreu no sábado (23), no Palácio do Jaburu, residência oficial do vice-presidente. Aos repórteres que o aguardavam na saída, Meirelles disse que apenas aconselhou Temer e que não foi convidado a assumir nenhum posto.

Bernard Gonin, gestor de renda fixa da Rio Gestão de Recursos, explica que o mercado também digere a possibilidade de Ilan Goldfajn, economista-chefe do Itaú Unibanco, assumir a presidência do Banco Central.

“O mercado analisa possíveis nomes para o BC e o favorito é o Ilan, que deixou claro que sua previsão é de corte nos juros. Se o Ilan assumir, o mercado espera um Banco Central mais atuante e política monetária menos agressiva”, avalia Gonin.

A equipe de economistas liderada por Ilan Goldfajn prevê, em relatório recente, que a Selic comece a ser cortada em julho e chegue a 12,25% ao fim de 2016, equivalente a um corte de dois pontos percentuais em relação à taxa atual, de 14,25%.

O Boletim Focus mais recente integra o pacote de notícias que pressiona as taxas de juros. O documento mostra que a perspectiva para a Selic em 2016 foi reduzida de 13,38% para 13,25% e foi cortada em 12,25% para 12% ao fim de 2017, segundo os economistas consultados pelo BC para o Boletim Focus

“É a percepção geral de que um governo com mais credibilidade e fazendo fiscal mais sustentável teria um BC trazendo juros mais rápido do que esperava para baixo e fazendo controle de inflação via fiscal”, explica o gestor.

Neste contexto, a taxa de juros negociada na BM&F (Bolsa de Mercadorias e Futuros) com vencimento em janeiro de 2017 tinha queda de 13,51% para 13,47%. O contrato do juro para janeiro de 2018 recuava de 12,78% para 12,71% e a taxa para janeiro de 2019 caía de 12,80% para 12,65%.

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