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Conselheiros chineses recomendam redução de meta de crescimento para 2019 em meio a guerra comercial

17 dez 2018 - 11h06
(atualizado às 11h30)
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A China deveria reduzir a meta de crescimento do próximo ano para um intervalo entre 6,0 e 6,5 por cento, uma vez que obstáculos incluindo a disputa comercial com os Estados Unidos aumentam os riscos para a economia, de acordo com recomendações dos conselheiros governamentais aos principais líderes que vão se reunir para mapear a agenda econômica de 2019.

Bandeira da China em foto ilustrativa
16/11/2018 REUTERS/David Gray
Bandeira da China em foto ilustrativa 16/11/2018 REUTERS/David Gray
Foto: Reuters

A Conferência Central de Trabalho Econômico desta semana, uma reunião a portas fechadas de líderes do partido e de autoridades, está sendo observada por investidores em busca de sinais de quaisquer novas medidas para evitar uma desaceleração mais acentuada da segunda maior economia do mundo.

A conferência econômica deve ter início na quarta-feira, disseram duas fontes, um dia depois de um evento que marca o 40º aniversário da reforma e abertura da China, onde o presidente Xi Jinping deve fazer o que a agência oficial de notícias Xinhua descreveu como "importante" discurso.

A reunião não resultará em nenhum anúncio público de metas econômicas, que geralmente são reservados para a abertura da sessão parlamentar no início de março.

A guerra comercial da China com os Estados Unidos está estimulando alguns empresários chineses, conselheiros do governo e institutos de pesquisa a pedir reformas econômicas mais rápidas e a liberação de um setor privado sufocado pelos controles estatais.

Os consultores governamentais e os institutos de pesquisa, que são influentes no processo de tomada de decisões mas não têm poderes para executar medidas econômicas, recomendaram uma meta de crescimento de 6,0 a 6,5 por cento para 2019, contra cerca de 6,5 por cento em 2018.

"A meta de crescimento para o próximo ano pode ser de 6,0 a 6,5 por cento, já que a economia deve desacelerar a partir deste ano", disse uma fonte que faz parte do grupo que aconselha o governo, sob condição de anonimato.

Alguns consultores sugeriram que o governo deveria ser mais tolerante com o crescimento mais fraco, promovendo reformas e evitando fortes estímulos políticos que poderiam piorar os problemas da dívida do país.

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