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Como os negócios podem gerar impacto social além do óbvio

Que bom seria se as ações de impacto social já estivessem descritas entre os resultados a serem alcançados

14 set 2023 - 06h15
(atualizado às 10h09)
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Foto: Edward Howell / Unsplash

“Responsabilidade social” é o novo termo que está na fala de muitas marcas – ainda bem. Não faz muito tempo, eu mesmo já escrevi por aqui como a inovação tem papel crucial para garantir maior inclusão social e que a garantia de que isso aconteça está nas mãos das lideranças das empresas.

Hoje, porém, quero abordar um ponto diferente nessa história, mas não menos importante. Me refiro à concepção de modelos de negócios e como isso pode de fato ajudar a gerar mais valor para o mundo e para a marca.

Para começar deixo claro que todo modelo de negócio deve continuar a se pautar na lucratividade e na sustentabilidade para prosperar, só que o convite aqui é ir além e incluir o impacto social durante esse planejamento e como parte do resultado.

Uma proposta diferente

Veja bem, o que eu estou propondo aqui é diferente daquilo que muitas empresas já fazem. Sabemos que é comum uma empresa, a partir de um modelo de negócios rentável e por ter um compromisso social, doar parte de seu lucro para ONGs ou outras instituições de ações sociais de temas que lhe são caros. E isso é uma dimensão importante de responsabilidade social, não me entenda mal.

Mas estou me referindo a outra coisa. Falo da ideia de o próprio modelo de negócio contemplar o impacto social em sua execução. E isso, quando é feito desde o início, precisa ser visto como um aspecto importante de inovação, já que ainda é pouco realizado no Brasil.

Insisto em deixar claro que já existem inúmeras empresas nacionais que dão lucro e usam parte dele para investir em projetos sociais. Do outro lado, há também muitas organizações filantrópicas que não visam o lucro e buscam o propósito de sua atividade como resultado a ser alcançado. Só que eu não estou propondo nada disso. A ideia central é que a empresa monte o modelo de negócio contemplando o impacto social de alguma forma.

Vou citar um exemplo possível para deixar mais claro. Pense em uma startup do setor energético cuja inovação é criar uma solução em que a energia limpa seja o objetivo a ser alcançado. Isso então deve estar desde o início entre as métricas de resultado, junto com a lucratividade e a sustentabilidade.

Outra ideia é uma empresa incluir em seu negócio a política de manter seu quadro de funcionários formado por mais de 70% de pessoas com mais de 60 anos de idade. Percebe como essas iniciativas não precisam do lucro em si para prosperarem e que já podem estar inseridas no modelo de negócios desde o dia um?

E no seu negócio, como a responsabilidade social tem sido abordada para trazer resultados para a sua marca e para o mundo?  

(*) Rodrigo Guerra é detentor de duas habilidades distintas no universo dos negócios: combina o pragmatismo exigido pela área financeira à flexibilidade e agilidade requeridos pela área de inovação. Foi superintendente da Central Nacional Unimed durante o período mais crítico da pandemia da Covid-19. Mescla especializações em negócios  em instituições como Insper, New York Institute of Finance e FGV a cursos de ciências de dados e Inteligência Artificial pela Universidade de Chicago. Sócio e head de Saúde da Apex Partners e cofundador do Unbox Project, acredita que a inovação é uma responsabilidade social das lideranças.

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