Como combater picaretas, charlatões e gente desse tipo?
Você tem amigos picaretas?
A ideia para este texto veio de uma publicação da Rosana Hermann no Linkedin, onde ela questiona por que toleramos picaretas.
Mas a maneira como ela aborda essa tolerância dá margem a respostas compreensíveis, porque ela aborda os picaretas que conhecemos e “invadem” nossas vidas por meio das redes sociais.
São esses vendedores de cursos milagrosos, formas de enriquecer de maneira muito rápida aplicando métodos simples e claro, o cara que ficou notório esses dias, que chamarei aqui, carinhosamente, de “O coach da montanha”.
Para quem não sabe, se trata de um desses cidadãos empenhados em fazer com que todo mundo se transforme em suas melhores versões, levando seus métodos muito além das raias da insanidade e do ridículo, incluindo no processo uma escalada perigosa.
O curioso é que nem mesmo a vergonha que passou, tendo que ver seus pupilos resgatados por bombeiros, que lhe deram uma carraspana merecida, ele acha que fez algo errado.
A questão proposta pela Rosana, então, fica fácil de responder: “por que toleramos estes picaretas?”
Porque acaba sendo complicado e leva tempo, sermos paladinos da justiça.
Além de denunciar nas redes sociais, quem tem tempo para denunciar nos órgãos de classe ou mesmo começar uma trilha judicial?
Sem falar que no ramo do “marketing digital”, sequer sabemos a quem denunciar!
Por isso, a minha proposta é mais simples, mas talvez acabe sendo mais incômoda: você tem um amigo ou parente picareta?
Podemos definir aqui um tipo de picaretagem muito específica e, infelizmente, muito aceita entre nós: você tolera um amigo ou parente que não paga pensão alimentícia?
Você sai para tomar cerveja com ele? Frequenta a casa desse cara? Recebe ele em casa?
Eu sempre tive muita curiosidade em saber como pessoas que fazem esse tipo de coisa conseguem namorar outras mulheres, mas aí podemos considerar que quem não paga pensão alimentícia é capaz de qualquer coisa, inclusive, mentir descaradamente.
Mas aqui, estamos falando de você, que conhece toda a história dele… ele continua sendo seu amigo?
Eu sei que em tempos tão difíceis como estes em que estamos vivendo, pode parecer estranho pregar a intolerância, mas neste caso, não dá para aceitar!
E está ao nosso alcance, mas muitas vezes, pensando na vida por levar, acabamos nos calando e fingindo que não é conosco.
Até chegar o momento em que é com a gente ou com alguém muito próximo!
Que tal começar o ano limpando da nossa vida, das nossas redes e da nossa bolha, pessoas que fazem coisas condenáveis?
(*) Randall Neto é escritor, produtor de conteúdo e copywriter.
Homework
