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Com Aécio no segundo turno, dólar recua para R$ 2,42

Moeda americana caiu 1,43% com o bom desempenho do tucano no primeiro turno das eleições

6 out 2014 - 17h33
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<p>Analistas acreditam que o mercado deverá continuar volátil até o segundo turno, no próximo dia 26, operando com base no noticiário político e nas pesquisas</p>
Analistas acreditam que o mercado deverá continuar volátil até o segundo turno, no próximo dia 26, operando com base no noticiário político e nas pesquisas
Foto: Siphiwe Sibeko / Reuters

O dólar fechou em queda de mais de 1% sobre o real nesta segunda-feira, mas longe das mínimas da sessão, após o bom desempenho de Aécio Neves (PSDB) no primeiro turno das eleições presidenciais derrubar a divisa a R$ 2,37 durante a manhã.

Segundo operadores, o tombo inicial da moeda norte-americana foi exagerado, gerando uma correção em seguida. A percepção é que o mercado deve continuar volátil nas próximas semanas, diante da disputa acirrada no segundo turno entre o candidato tucano e a presidente Dilma Rousseff (PT), que vem sendo fortemente criticada pelos agentes financeiros pela condução da atual política econômica.

O dólar caiu 1,43%, a R$ 2,4266 na venda. Na mínima da sessão, logo após a abertura, a divisa chegou a cair 3,40%, a R$ 2,3782. O contrato futuro de dólar para novembro, caía 1,39%, a R$ 2,4425 logo após as 17h.

"O mercado claramente reagiu com força demais na abertura e depois assentou num patamar mais equilibrado", disse o gerente de câmbio da corretora BGC Liquidez, Francisco Carvalho. "Nas próximas semanas, o mercado vai tentar entender qual exatamente é a posição do Aécio no segundo turno e negociar baseado nisso", acrescentou.

Aécio ficou com 33,6% dos votos válidos no primeiro turno neste domingo, enquanto a presidente Dilma Rousseff (PT) marcou 41,6%. O desempenho do tucano, que promete uma política econômica mais ortodoxa, veio acima do indicado nas pesquisas de intenção de voto, surpreendendo investidores.

Analistas acreditam que o mercado deverá continuar volátil até o segundo turno, no próximo dia 26, operando com base no noticiário político e nas pesquisas. Mas, a médio prazo, preveem pressão de alta do dólar devido à perspectiva de juros mais elevados nos Estados Unidos.

"O dólar deve ter um movimento instantâneo de queda", afirmou o sócio-gestor da Leme Investimentos, Paulo Petrassi. "A queda não deve levar a moeda ao patamar inferior a R$ 2,30, nem o PSDB quer isso", acrescentou.

Uma importante fonte da equipe econômica afirmou à Reuters que, mesmo considerando a volatilidade esperada no curto prazo elas eleições, o Banco Central considera que seu atual programa de atuação no câmbio está adequado.

Nesta manhã, o BC vendeu a oferta total de swaps cambiais, que equivalem a venda futura de dólares, como parte das atuações diárias. Foram vendidos 2 mil contratos para 1º de junho e 2 mil para 1º de setembro de 2015, com volume correspondente a US$ 197,7 milhões.

O BC também vendeu nesta sessão a oferta total de até 8 mil swaps para rolagem dos contratos que vencem em 3 de novembro. Ao todo, a autoridade monetária já rolou cerca de 18% do lote total, equivalente a US$ 8,84 bilhões.

Na primeira metade do pregão, os investidores preferiram concentrar as transações no mercado futuro, onde podem ser mais alavancadas. Por isso, o volume no mercado à vista foi reduzido até a hora do almoço, mas voltou a crescer à medida que as cotações foram corrigidas.

Segundo dados da BM&F, o giro financeiro ficou em torno de US$ 1,4 bilhão No mercado à vista, contra a média diária de US$ 1,5 bilhão de setembro. Já o número de contratos de dólar para novembro negociados nesta sessão estava em 480 mil, contra a média de cerca 365 mil contratos nos últimos 30 dias.

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