China suspende proibição de entregas de jatos Boeing com arrefecimento de guerra tarifária, diz Bloomberg News
A China retirou a proibição de que as companhias aéreas do país recebam aviões Boeing depois que os Estados Unidos e o país asiático acertaram acordo com para redução temporária de tarifas de importação, publicou a Bloomberg News nesta terça-feira, citando fontes familiarizadas com o assunto.
Autoridades em Pequim começaram a informar às companhias aéreas domésticas e agências governamentais nesta semana que as entregas de aeronaves fabricadas nos EUA podem ser retomadas, disse a Bloomberg.
No mês passado, pelo menos três jatos no centro de entregas da Boeing na China foram repatriados pela Boeing para os Estados Unidos.
Há um mês, a Bloomberg News informou que a Boeing enfrentou uma proibição chinesa de importações como parte da guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo.
Pequim não comentou sobre o motivo da interrupção das entregas da Boeing e fontes sênior do setor disseram à Reuters que não tinham conhecimento de instruções formais contra a compra de aviões da Boeing.
No mês passado, a Boeing disse que os clientes na China não receberiam novos aviões devido às tarifas, e que estava procurando revender dezenas de aeronaves.
Na segunda-feira, Washington e Pequim concordaram em reduzir as tarifas recíprocas em mais de 100% durante um período de negociação de 90 dias, após conversas realizadas no fim de semana em Genebra.
A Boeing não quis comentar a reportagem da Bloomberg. A Administração de Aviação Civil da China não respondeu a um pedido de comentário.
As companhias aéreas da China contatadas pela Reuters não se manifestaram.
A China representa cerca de 10% da carteira de pedidos de jatos comerciais da Boeing e é um mercado de aviação importante e em crescimento.
Os executivos da Boeing disseram, durante teleconferência de resultados de primeiro trimestre, que a empresa planejava entregas de 50 jatos para as companhias aéreas chinesas este ano, com 41 em produção ou pré-construídos.
