China planeja eventos para aumentar importações e promete cooperação vantajosa para todos
A China anunciou neta terça-feira uma iniciativa para aumentar as importações, promovendo a si mesmo como uma oportunidade de mercado gigantesca, mesmo com o aumento de seus superávits comerciais com outros países em meio a atritos com os Estados Unidos.
Embora o fornecimento de produtos manufaturados da China para o mundo esteja crescendo, sua contribuição para a demanda global é muito menos significativa, com as importações quase não crescendo, uma dinâmica que, segundo os economistas, alimenta as tensões comerciais no exterior e as pressões deflacionárias no país.
O ministro do Comércio, Wang Wentao, disse que o programa "Grande Mercado para todos: Exportar para a China" incluirá 10 grandes eventos com a participação de cinco a seis países por ano, com o objetivo de tornar a China "o melhor destino de exportação" e "abrir uma cooperação vantajosa para todos".
Wang anunciou os eventos em uma cerimônia que contou com a presença do primeiro-ministro, Li Qiang, em Xangai, às vésperas da China International Import Expo (CIIE), que acontece de 5 a 10 de novembro no centro financeiro do país, Xangai.
A CIIE foi lançada pelo próprio presidente chinês, Xi Jinping, em 2018 para promover as credenciais de livre comércio da China e combater as críticas sobre seu superávit comercial com muitos países.
No passado, o evento foi criticado por entidades como a Câmara de Comércio Europeia, que em 2023 afirmou que se tratava mais de uma "vitrine política" do que de fazer negócios e que os superávits comerciais da China com países como a Europa estavam, na realidade, continuando a crescer.
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