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Cenário econômico global "é um pouco menos sombrio" do que se esperava, diz FMI

24 set 2020 - 12h44
(atualizado às 13h59)
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A perspectiva econômica global não é tão sombria quando esperado há apenas três meses, afirmou nesta quinta-feira uma importante autoridade do Fundo Monetário Internacional (FMI), citando dados econômicos melhores do que o esperado da China e de outras grandes economias.

Terraço vazio de um restaurante no distrito de Covent Garden, em Londres, Inglaterra. 13 de março de 2020. REUTERS/Simon Dawson
Terraço vazio de um restaurante no distrito de Covent Garden, em Londres, Inglaterra. 13 de março de 2020. REUTERS/Simon Dawson
Foto: Reuters

Entretanto, Gerry Rice, porta-voz do FMI, disse a repórteres que o cenário global geral permanece desafiador como resultado da pandemia de coronavírus e de seu impacto sobre muitos setores econômicos.

A situação continua "precária" em muitos países em desenvolvimento e mercados emergentes, excluindo a China, disse ele, destacando que o FMI também está preocupado com o aumento dos níveis da dívida.

O FMI vai divulgar seu mais recente relatório Perspectivas Econômicas Globais em 13 de outubro. Em junho, o Fundo reduziu ainda mais suas previsões para a produção global de 2020, prevendo que a economia mundial encolherá 4,9%, ante contração de 3,0% prevista em abril.

Rice não apresentou novos números, mas disse que dados recentes da China e de outras economias avançadas foram melhores do que o esperado.

"Dados recentes sugerem que as perspectivas podem ser um pouco menos terríveis do que no momento da atualização das últimas perspectivas econômicas em 24 de junho, com partes da economia global começando a virar a esquina", disse ele em uma coletiva regular.

Também há sinais de que o comércio global está começando a se recuperar lentamente após lockdowns generalizados com o objetivo de conter a propagação do vírus, disse Rice.

"Mas eu gostaria de enfatizar que não estamos fora de perigo e as perspectivas continuam muito desafiadoras, especialmente para muitos mercados emergentes e países em desenvolvimento, exceto a China", disse ele, observando que muitos desses países enfrentaram uma fraqueza contínua na demanda doméstica, menor demanda de exportação, redução das remessas e declínios no turismo.

"Com esses fatores em conjunto, estamos muito preocupados com a possibilidade de esta crise reverter os ganhos na redução da pobreza que foram feitos nos últimos anos e o progresso que foi feito em direção aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável", disse Rice, referindo-se às ambiciosas metas estabelecidas pelas Nações Unidas há cinco anos para acabar com a pobreza e a desigualdade.

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