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Brasil, China e Índia 'matam' os EUA com tantas tarifas, diz Trump, que volta a distorcer números

'Se conseguirmos reverter decisão judicial sobre tarifas, mercado de ações vai disparar', disse o presidente americano, que irá à Suprema Corte em defesa das taxações

2 set 2025 - 16h05
(atualizado às 17h06)
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta terça-feira, 2, que Brasil, China e Índia "matam" os Estados Unidos com a "alta quantidade" de tarifas que aplicam sobre o país.

Com a declaração, Trump volta a distorcer informações, como havia feito em 14 de agosto, quando definira o Brasil como um dos "piores parceiros comerciais", que "aplica tarifas tremendas sobre os EUA". Conforme o especialista em comércio exterior Welber Barral, a tarifa média sobre produtos americanos importados pelo Brasil varia conforme a metodologia de cálculo; mas, ainda assim, é baixa. "É de apenas 2,5%", diz o ex-secretário de Comércio Exterior do Brasil.

Em entrevista ao apresentador Scott Jennings, nesta terça-feira, 2, o republicano disse também que convocou uma "reunião de emergência" para esta quarta, para comentar a recente decisão judicial que considerou ilegal a maior parte das tarifas impostas pelo americano.

"Vou recorrer da decisão. As tarifas foram aplicadas por nós para resolver uma emergência econômica", afirmou o presidente americano.

Ele defendeu a aplicação de sobretaxas pois, sem elas, "somos um país completamente diferente".

"Sem a aplicação das tarifas, o país não teria fechado metade dos acordos comerciais que fechou até o momento", acrescentou Trump. "Será um desastre econômico para o país se não revertemos a decisão judicial sobre tarifas. Elas não serão afetadas até que a Suprema Corte tome uma decisão sobre o assunto."

Depois, em coletiva de imprensa na Casa Branca, ele chegou a dizer, sobre as tarifas: "Sem elas, nós seremos um país de terceiro mundo".

No cerne da disputa judicial está a extensão em que Trump pode invocar uma lei de emergência econômica com décadas de existência para impor tarifas exorbitantes aos principais parceiros comerciais do país.

A lei não menciona tarifas, mas o presidente aproveitou o estatuto para aplicar novas e vastas taxas, com o objetivo de reestruturar as relações comerciais dos EUA e arrecadar bilhões de dólares em receita.

Trump ainda mencionou que as ações estão caindo nesta terça-feira por conta do "medo" de a decisão sobre a ilegalidade de tarifas ser mantida. Pouco depois, o presidente disse que o mercado de ações caía diante da "grande incerteza" sobre o assunto. O sentimento de cautela de hoje, no entanto, foi marcado pela alta de rendimentos soberanos nas principais economias desenvolvidas globais.

'Se conseguirmos reverter decisão judicial sobre tarifas, mercado de ações vai disparar', afirmou Trump.

Na sexta-feira, 29, um tribunal federal de recursos decidiu que muitas das tarifas mais punitivas de Trump são ilegais. A decisão representa um revés para o governo americano, que pode prejudicar severamente sua principal fonte de influência em uma guerra comercial global que deflagrou.

O Tribunal de Apelações dos EUA para o Circuito Federal confirmou a conclusão de um tribunal inferior de que Trump não possui poderes ilimitados, sob a lei, para impor impostos sobre quase todas as importações dos EUA. Mas os juízes de apelação adiaram a implementação de sua ordem até outubro para dar ao governo tempo para buscar revisão pela Suprema Corte, o que permitiria que Trump mantivesse suas contestadas medidas em vigor por enquanto.

Balança comercial favorável aos EUA

Os EUA são o segundo parceiro comercial para o qual o Brasil mais exporta, atrás apenas da China. A balança comercial do País com os norte-americanos teve déficit de US$ 1,67 bilhões no primeiro semestre deste ano; ou seja, a economia brasileira importa mais do que exporta para os EUA.

Estadão
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