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Bolsonaro: "Reforma 'talvez' se estenda para outros Poderes"

Segundo o texto original, proposta não se aplica a parlamentares, ministros de tribunais superiores, promotores e juízes; já os militares estão de fora porque possuem 'carreira diferenciada', disse o presidente

3 set 2020 - 22h36
(atualizado em 4/9/2020 às 07h28)
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BRASÍLIA e SÃO PAULO - O presidente Jair Bolsonaro disse nesta quinta-feira, 3, que o Congresso "talvez" estenda o alcance da reforma administrativa para os outros Poderes.

Presidente Jair Bolsonaro fez declaração durante live nesta quinta-feira, 3
17/06/2020
REUTERS/Adriano Machado
Presidente Jair Bolsonaro fez declaração durante live nesta quinta-feira, 3 17/06/2020 REUTERS/Adriano Machado
Foto: Reuters

"O Congresso vai analisar, vai alterar, vai estender para os outros poderes, talvez", afirmou o presidente durante transmissão semanal nas redes sociais.

A proposta do governo vale para os futuros servidores dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário da União, Estados e municípios.

Os cargos de parlamentares, ministros de tribunais superiores, promotores e juízes, no entanto, ficam de fora das novas regras, por serem ocupados por membros de Poderes, que respondem a regras diferentes. Isso significa, por exemplo, que um juiz não poderá ser atingido, mas o servidor da área administrativa de um tribunal terá de obedecer às novas regras.

O Ministério da Economia informou que o Poder Executivo não tem autonomia para propor mudanças de regras para membros de outros Poderes.

Bolsonaro voltou a enfatizar que a proposta não atinge os servidores que já estão trabalhando. "Já estou vendo um montão de órgão de imprensa falando besteira. Primeiro, não se aplica aos atuais servidores. Ponto final. É daqui pra frente. E não vou entrar em detalhes", disse.

Sobre o fato de militares não serem atingidos pela reforma, Bolsonaro, que é capitão reformado do Exército, justificou que os integrantes das Forças Armadas possuem uma carreira diferenciada.

"O pessoal militar, por exemplo. Se alguém quiser a previdência, tudo militar, está à disposição. Nós não temos hora extra, não temos Fundo de Garantia, não tem um montão de coisa. A estabilidade é com dez anos de serviço, não com três, está certo? Mas ninguém quer comparar nada não. É que o quadro de servidores encheu muito no Brasil, alguns prefeitos no passado mais que dobravam o efetivo de servidores, e a conta é alta para pagar", afirmou o presidente.

Bolsonaro lembrou que o gasto com o pessoal é o segundo maior nas contas públicas, atrás apenas da Previdência. Em 2021, o governo federal deve gastar R$ 337,345 bilhões com salários e outros benefícios aos servidores. "Incluindo o servidor civil e os militares da União. É enorme".

Estadão
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