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BNDES vai proteger as empresas que foram atingidas pelo tarifaço, afirma Mercadante

Em entrevista ao Datena, ele afirma que Brasil se posiciona como líder do 'Sul Global' após assembleia da ONU

27 set 2025 - 19h11
(atualizado às 21h27)
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Resumo
O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, anunciou medidas de proteção às empresas afetadas pelo tarifaço dos EUA, destacou a liderança brasileira no 'Sul Global' e elogiou o papel de Lula na ONU, que reforçou a soberania nacional.
Segundo Mercadante, o Brasil está sofrendo uma injustiça com o tarifaço de Trump.
Segundo Mercadante, o Brasil está sofrendo uma injustiça com o tarifaço de Trump.
Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil / Estadão

O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, afirmou que a prioridade da instituição é proteger as empresas que foram atingidas pela política tarifária de Donald Trump.

Em entrevista ao apresentador José Luiz Datena no programa Brasil do Povo, da RedeTV!, neste sábado, 27, Mercadante disse que o BNDES está trabalhando para mitigar os danos sofridos pelas companhias brasileiras. Entre as medidas adotadas está uma linha de crédito de R$ 30 bilhões.

Segundo Mercadante, mais R$ 5 bilhões oriundos de parcerias internacionais devem ser anunciados nos próximos dias para empresas que precisarem de crédito.

"O Brasil vive um momento econômico bastante forte e está atraindo muitos investimentos. Eles (investidores internacionais) têm interesse que o Brasil dê certo", ressaltou.

As iniciativas do BNDES são apontadas por ele como uma resposta do Brasil a uma injustiça.

"Nós entramos de 'gaiato' no navio. O problema dos Estados Unidos é maior com a China. Não tinha por que sermos tratados desta forma". "É uma coisa completamente irracional do ponto de vista comercial, mas teremos que superar".

Terras raras

Mercadante afirmou também que a negociação com os Estados Unidos não é fácil. Mas, o Brasil está aberto a negociar, inclusive sobre terras raras.

Mercadante disse ver imprevisibilidade na fala de Trump sobre o presidente Luiz Inácio Lula da Sila durante seu discurso na Assembleia Geral da ONU, mas "crê" que o presidente dos EUA foi sincero em seus comentários sobre Lula.

"Temos que aproveitar essa oportunidade que Lula construiu. Não vamos olhar para o retrovisor. É olhar para frente e ver o que é possível negociar", sustenta.

O presidente do BNDES avaliou que o gesto de Trump e a fala de Lula deixaram claro que "quem decide sobre a vida dos brasileiros são os próprios brasileiros".

Liderança no 'Sul Global'

Na avaliação de Mercadante, o Brasil está na dianteira para liderar o chamado 'Sul Global', termo utilizado por especialistas para rotular os países em desenvolvimento.

E esta posição de liderança, defende ele, foi consolidada com a participação do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU).

O presidente usou parte de seu discurso para criticar o governo norte-americano pelas medidas "unilaterais e arbitrárias" contra instituições brasileiras.

No entanto, o evento parece ter aberto uma oportunidade de diálogo após Trump dizer "Eu só faço negócios com pessoas que eu gosto e eu gostei dele".

Papel de Lula na história

A participação do presidente brasileiro na assembleia da ONU também ajuda a consolidar o seu papel na história, acredita Mercadante. "Lula entrará para a história do Brasil como Gandhi está para a história da Índia e Mandela para a história da África do Sul", afirma.

"Qual é o discurso que todo mundo aplaudiu? Quem o Macron elogiou? Em quem o Trump prestou atenção?", questiona. "O Brasil disse ao mundo que a nossa democracia e a nossa soberania são inegociáveis. E o mundo reconheceu essa postura".

Estadão
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