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Birôs de crédito começam a receber informações do cadastro positivo

Serão compartilhadas as informações financeiras dos brasileiros que têm conta em cinco grandes bancos do País e em cerca de 100 instituições financeiras

12 nov 2019 - 17h40
(atualizado em 12/11/2019 às 11h40)
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A partir desta segunda-feira, 11, os quatro birôs de crédito homologados pelo Banco Central para gerenciar o cadastro positivo - CNDL/SPC Brasil, Serasa Experian, Boa Vista Serviços e Quod - começam a receber as informações financeiras dos brasileiros que têm conta em cinco grandes bancos do País e em cerca de 100 instituições financeiras.

Os birôs terão 30 dias a partir do recebimento dos dados para notificar o consumidor por meio de e-mail, mensagem de texto (SMS) ou correspondência que o seu cadastro positivo foi aberto. Depois de comunicado, o consumidor terá mais 30 dias para se manifestar a respeito do cancelamento. Caso contrário, automaticamente ele estará incluído no cadastro.

Magno Lima, superintendente de Inovação, Marketing e Digital do SPC Brasil, explica que, assim que começar a receber as informações dos bancos, a sua empresa enviará um link ao consumidor. O link dará acesso ao histórico de crédito da pessoa e a nota que ele obteve pela sua vida financeira pregressa. A nota, varia de zero a mil, e sintetiza a reputação de crédito consumidor.

Depois dos bancos, existe uma cronograma de envio informações de outros segmentos, como operadoras de telefonia, prestadoras de serviços de água e luz, lojas, por exemplo. "Se tudo correr bem, a partir de 12 de janeiro poderemos colocar disponível as informações do cadastro positivo para o mercado", diz o executivo do SPC Brasil.

Com o cadastro positivo, Lima acredita que a inadimplência deverá cair porque as informações serão individualizadas por cliente. Com isso, a competição entre as instituições financeiras pelos bons pagadores deve se acirrar. Marcela Kawauti, economista-chefe do SPC Brasil, lembra que o calote caiu 45% em países que adotaram o cadastro positivo, segundo dados do Banco Mundial.

Na opinião da diretora de Operações da Serasa Experian, Leila Martins, as informações individualizadas por cliente reduzem o risco de inadimplência. Isso, na sua avaliação, deve permitir que a queda da taxa básica de juros seja repassada proporcionalmente para o consumidor. Um dos nós do mercado de crédito hoje é que o repasse da queda da Selic para a taxa de juro final paga pelo consumidor foi menos que proporcional.

Leila ressalta também o grande potencial para a ampliação do crédito que se abre com a implantação do cadastro positivo. Ela diz que existem 23 milhões de brasileiros que estão fora do sistema financeiro. São trabalhadores informais que podem ter renda, capacidade de consumo e fazem transações fora dos bancos.

Marcela, do SPC Brasil, ressalta que finalmente o País caminha para ter uma estrutura de crédito melhor. "Antes havia pouca informação: ou a pessoa estava negativada ou não. Agora, além de existirem muitos dados sobre o consumidor, a tendência é de queda dos juros básicos", afirma a economista.

Estadão
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