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BID avança em agenda para financiar sustentabilidade na Amazônia e atrai 46 instituições privadas

Presidente do banco, Ilan Goldfajn reiterou que a América Latina e o Caribe têm oportunidade de ser parte da solução para os desafios da mudança climática global

13 jun 2024 - 19h18
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MANAUS - O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) anunciou avanços na agenda do programa Amazonas Sempre, que pretende fomentar investimentos sustentáveis na região para enfrentar desafios climáticos, sociais e de desmatamento da região. O programa foi lançado no meio do ano passado.

O anúncio foi feito durante o encontro Semana da Sustentabilidade do BID Invest, realizado em Manaus, com a presença de 900 pessoas de 37 países. Para a plateia, o presidente do BID, Ilan Goldfajn, reiterou que a América Latina e o Caribe têm oportunidade de ser parte da solução para os desafios da mudança climática global.

Com o Banco Mundial, o BID e seus respectivos braços de investimento ao setor privado, o BID Invest e a IFC, tem encabeçado uma agenda para atrair não só os bancos de fomento, mas as instituições privadas a encontrar instrumentos de financiamento para a Amazônia.

Entre os anúncios feitos ao longo dos três dias do encontro estão o ingresso de mais 22 instituições financeiras, entre as quais as gestoras brasileiras Patria, Aqua e KPTL e o americano Citi, para financiar projetos em fase de análise. Com esse novos entrantes, o total de instituições que se comprometeram em participar da rede de financiamento chegou a 46.

O presidente do BID prometeu que devem ser lançadas as diretrizes dos bonds amazônicos no segundo semestre, para financiar projetos na região
O presidente do BID prometeu que devem ser lançadas as diretrizes dos bonds amazônicos no segundo semestre, para financiar projetos na região
Foto: Hélvio Romero/ Estadão / Estadão

São 30 projetos que estão em análise e que têm a intenção de impactar positivamente 2,1 milhões de pessoas, reflorestamento de 1,2 milhão de hectares e o sequestro de 6 milhões de toneladas de gás carbônico até 2030. Também foram anunciados, no Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, em Manaus, investimentos iniciais, a fundo perdido, para pesquisa e inovação em biodiversidade entre oito institutos de pesquisa dos sete países que dividem a região amazônica.

A linha tênue de todas essa rede que os bancos de fomento tentam amarrar está na capacidade de promover o desenvolvimento econômico e social da região, sem atropelar a mata e os compromissos ambientais, ainda que esteja correto o conceito de que a preservação está relacionado a minimizar as fragilidades sociais.

As maiores necessidades do Estado estão na contenção da informalidade econômica, que acaba sendo predatória, assim como isolamento e a ausência de serviços básicos para a população.

Presente na abertura do evento, na terça-feira, 11, o governador do Amazonas, Wilson Lima, mencionou que a população do Estado não pode ser submetida ao isolamento e que a logística do Amazonas é a mais complicada do Brasil. O projeto das rotas estratégicas do governo federal, que tem apoio do BID, é composto por sete rotas de conexão do Brasil com os países da América do Sul, sendo que quatro delas estão na região amazônica.

O presidente do BID Invest, James Scriven, reconheceu, em conversa com o Estadão/Broadcast, que os investidores temem estar associados ao desmatamento e que isso é uma barreira na atração de recursos. Essa é uma das limitações que o BID Invest quer derrubar com a aproximação do mercado aos temas da Amazônia e ferramentas para mitigar risco dos investimentos, como a possibilidade de tomada de recursos por empreendedores locais em reais de instituições estrangeiras por intermédio do BID.

A fim de adequar os riscos à atividade dos bancos e gestoras comerciais, alguns listados em Bolsa, o BID, o Tesouro Nacional, a Fazenda e o Banco Central se engajaram em um projeto de mitigação da volatilidade cambial para incentivar o investimento externo. O Eco Invest, liderado pelo Tesouro e que está em gestação, chama a atenção de vários países que pretendem escalar seu uso para o tema climático de modo geral, disse Goldfajn a jornalistas.

O presidente do BID prometeu ainda que, no segundo semestre, devem ser lançadas as diretrizes dos bonds amazônicos, que terão o propósito de financiar projetos na região, emitidos pelos países que comportam a floresta e dentro de parâmetros verdes e sociais estabelecidos pelo banco de fomento. "Não queremos nenhum greenwashing, nada de washing", disse.

A repórter viajou a convite do BID

Estadão
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