Bessent aconselha países a não 'entrar em pânico' e diz que prazo não é 'ponto final' para acordos
Secretário do Tesouro dos Estados Unidos afirma que negociações sobre tarifas vão continuar após sexta-feira, 1º: 'Agosto será um grande mês'
O secretário do Tesouro americano, Scott Bessent, afirmou nesta quarta-feira, 30, que o prazo de 1º de agosto para novos acordos sobre as tarifas comerciais com os Estados Unidos não representa um ponto final. "Se não houver acordo comercial até 1º de agosto, eu aconselharia os países a não entrarem em pânico, pois ainda há chances de fazer acordos", afirmou.
Durante evento organizado pelo Breitbart News, Bessent reiterou que "mesmo após o prazo, os países ainda podem fazer acordos com os EUA" e antecipou: "Agosto será um grande mês".
O secretário voltou a exaltar o desempenho da economia americana. "Os EUA são a economia mais aquecida e criamos as condições para acelerar ainda mais", disse. Em tom crítico, classificou a Europa como um "pântano regulatório" e afirmou que o sistema econômico da China "começa a implodir", sem entrar em detalhes.
Segundo ele, a economia americana vive um momento de retomada de confiança e dinamismo, e a atratividade econômica se reflete nos recentes acordos comerciais. "Grande parte dos acordos comerciais falam em altos investimentos nos EUA", disse.
Ainda sobre a China, ele evitou comentar se há avanços em relação à abertura do mercado chinês aos produtos americanos. Ainda assim, demonstrou uma postura crítica. "Não é exagero dizer que a China está um pouco na defensiva nas discussões", afirmou, acrescentando que "a economia da China é uma das mais desbalanceadas do mundo".
Bessent também indicou que os esforços de aproximação seguem em curso com outros países asiáticos. "Acho que teremos uma reunião comercial com a Coreia do Sul ainda hoje (quarta-feira, 30)", adiantou.
O secretário ainda ressaltou que o país está observando avanços concretos em várias frentes. "Estamos presenciando agora grandes crescimentos salariais no país", afirmou. Além disso, destacou que o controle de preços tem sido bem-sucedido. "A inflação está caindo. Nós temos hoje o melhor índice de inflação em uns quatro anos."
O integrante do gabinete de Trump ainda ressaltou que "a confiança e o impulso estão voltando à economia dos EUA" e que "os fundamentos e as políticas de Trump são incríveis".