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Ata do Fomc mostra que paciência vai "durar por algum tempo" enquanto membros debatem balanço

22 mai 2019 - 15h44
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Autoridades do Federal Reserve concordaram na última reunião que a atual postura de paciência para a política monetária pode permanecer "por algum tempo", mais um sinal de que veem pouca necessidade para mudar os juros em qualquer direção.

Fachada do prédio do Federal Reserve, em Washington DC, EUA. 22/08/2018. REUTERS/Chris Wattie
Fachada do prédio do Federal Reserve, em Washington DC, EUA. 22/08/2018. REUTERS/Chris Wattie
Foto: Reuters

De acordo com a ata da reunião de 30 de abril e 1º de maio do Fed, os membros também analisaram profundamente a mecânica com a qual poderiam estruturar melhor o balanço da instituição, de vários trilhões de dólares em títulos, para enfrentar uma contração econômica futura.

Eles rapidamente chegaram a um dilema ao discutir o que poderia ser um plano de vários anos para estruturar talvez 3,5 trilhões a 4 trilhões de dólares em ativos para refletir a carteira atual de Treasuries ou se focar em títulos com vencimentos de prazos mais curtos.

"Muitos participantes" disseram achar que poderia ajudar o Fed abastecer-se gradualmente de títulos de curto prazo agora, para que assim os papéis possam ser trocados por títulos de prazo mais longo e reduzir os juros de longo prazo como uma maneira de estimular melhor a economia se necessário no futuro.

Entretanto, apresentações da equipe destacaram que isso poderia acontecer às custas de juros mais altos de longo prazo agora "e implica que a trajetória da taxa de juros precisaria ser mais baixa de forma proporcional para alcançar os mesmos resultados macroeconômicos".

Nos cenários que foram discutidos, isso significaria, ironicamente, que o Fed teria menos espaço para cortar os juros em uma crise e mais provavelmente teria que contar com sua carteira de ativos para impulsionar a economia.

Nenhuma decisão foi tomada.

A última reunião do Fed aconteceu antes de o governo dos Estados Unidos elevar tarifas sobre produtos chineses e intensificar as tensões comerciais globais mais com restrições à gigante de tecnologia chinesa Huawei.

Naquele ponto, com a continuidade do crescimento fraco, a inflação baixa e alguns riscos globais aparentemente diminuindo, "membros observaram que uma postura de paciência... deve permanecer apropriada por algum tempo... mesmo que as condições econômicas e financeiras globais continuem a melhorar".

Embora "poucos" participantes tenham alertado para os riscos da inflação e uma possível necessidade de juros mais altos e "vários" tenham destacado que a inflação pode enfraquecer, a ata refletiu um comitê pronto para esperar até que os dados econômicos mudem de forma convincente em uma direção ou outra.

O comitê manteve a taxa de juros na faixa entre 2,25% e 2,5%.

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