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ArcelorMittal pode perder usina comprada por US$ 4,8 bilhões

8 out 2010 - 14h42
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Um executivo da ArcelorMittal demonstrou preocupação nesta sexta-feira com uma decisão da justiça da Ucrânia que pode culminar na perda de uma usina comprada pela companhia por US$ 4,8 bilhões. Rinat Starkov, presidente-executivo da usina de Kryvy Rih, afirmou que uma decisão do tribunal contra a ArcelorMittal poderia abalar a confiança dos investidores na ex-república soviética.

"Se a maior companhia siderúrgica do mundo é afastada, quero ver que tipo de tolo compraria (a usina)", disse ele. "Iria prejudicar a reputação e a confiança do consumidor na Ucrânia".

O promotor público alega que a companhia violou os termos da compra da usina ucraniana ao adiar por seguidas vezes investimentos sem ter autorização para isso. A ArcelorMittal afirma que tinha obtido um acordo legal com autoridades do país para suspender o compromisso de investimentos depois da declaração de força maior pela crise financeira internacional de 2008 a 2009.

A Ucrânia privatizou a usina de Kryvy Rih em 2004, vendendo a instalação para industriais locais por US$ 800 milhões. Em 2005 a usina foi renacionalizada em meio a uma agenda antioligarquia do presidente eleito Viktor Yushchenko, e após decisão da justiça que considerou o preço de venda da usina como artificialmente baixo.

A usina acabou sendo comprada em seguida pela Mittal Steel, hoje ArcelorMittal, por mais de cinco vezes o valor pago pelos oligarcas ucranianos. Starkov afirmou que a companhia fez substanciais investimentos desde a compra da usina, operação considerada como o maior investimento estrangeiro já feito no país.

A usina emprega 37,5 mil pessoas e tem uma capacidade de produção de 7 milhões de toneladas de aço por ano. Se o tribunal, que se reúne na próxima terça-feira, mantiver a ação do promotor, a companhia será considerada como inadimplente e poderá ter seus ativos retirados, afirmou o executivo.

Fonte: Invertia Invertia
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