Juliana Silveira relembra assédio de diretor da Record que terminou em tapa na cara
A atriz contou que a situação aconteceu quando ela gravava a novela 'Balacobaco'
A atriz Juliana Silveira revelou em entrevista ter enfrentado assédio durante as gravações de 'Balacobaco', com bilhetes de amor e abusos por parte de um diretor, o que impactou seu trabalho até ser resolvido pela emissora.
A atriz Juliana Silveira relembrou uma situação de assédio ocorrida quando gravou a novela Balacobaco, da Record, entre 2012 e 2013. A atriz contou que um diretor com quem ela trabalhava começou a lhe mandar cantadas e bilhetes de amor e, quando ela recusou a investida, passou a tratá-la mal durante as gravações.
"A minha personagem mergulhava, então tive que aprender a mergulhar de cilindro e é uma coisa que tinha medo de fazer. Dos cinco diretores da novela, um era mergulhador profissional. Quando tinha cena de mergulho, ele levava a câmera. Então, a gente foi ficando amigo porque ele virou um ponto de apoio para mim", contou Juliana em entrevista ao podcast Papagaio Falante.
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A atriz, que já era mãe e casada com o empresário John Vergara, não tinha o número do diretor salvo e começou a receber mensagens com cantadas de um número desconhecido. Ela disse que o único ator homem com quem contracenava era Bruno Ferrari, por isso passou a desconfiar dele.
"Na época, comecei a desconfiar que era o Bruno Ferrari, meu par romântico. E o Bruno é casado com a Palomma [Duarte]. Já fiz um milhão de novelas com o Bruno, já fiz par romântico com ele umas cinco vezes, a gente é muito amigo, e ele é muito calado", recordou.
Após as mensagens, começou a encontrar bilhetes de amor no carro dela, então decidiu falar com a produção da novela e pedir para eles identificarem de quem era o número. Foi assim que descobriu que era do diretor.
"Falei com ele, ele fingiu que estava tudo bem e pediu desculpas. Para mim, estava tudo bem, seguimos trabalhando, mas notei que toda semana era ele que estava no meu núcleo. Só vinha ele, tinha cinco [diretores]. Depois dessa situação, nossa relação ficou esquisita. Tinha uma cena de choro e ele fazia eu repetir 20 vezes, nada estava bom. Ele pegou um ranço e começou a me torturar no trabalho", disse ela.
Juliana tentou seguir com o trabalho mesmo com esse desconforto, mas chegou ao limite ao gravar uma cena em que o diretor fez com que outra atriz lhe desse um tapa. "A minha personagem estava em um cativeiro, eu estava desmaiada nessa cena e teria que levar um tapa. Falei: 'Se levar um tapa de verdade, vou reagir, vou piscar'", contou.
"Tomei a chalapada. O combinado eu nem ligo, mas já estava com um estresse tão grande com essa situação que levantei igual a um demônio. Aí foi quebra-pau, saí do estúdio, fui para o camarim e falei que não gravava mais com ele", completou ela.
Após isso, Juliana disse que conversou com a direção da Record que entendeu o ocorrido, e ela passou a não trabalhar mais com o diretor. "Foi tudo resolvido dentro da emissora, e ele ficou tentando me pedir desculpa pelos atores", concluiu a atriz.