PUBLICIDADE

Saiba quem é quem em 'Além do Horizonte', nova trama global das 19h

4 nov 2013 - 09h08
(atualizado às 09h12)
Compartilhar
Exibir comentários

Universos paralelos e comunidades isoladas estão presentes em obras literárias e cinematográficas há tempos. Desde o romance Robinson Crusoe, escrito por Daniel Defoe e publicado, pela primeira vez, em 1719, a ideia de viver isoladamente vem rendendo histórias. Como, por exemplo, mais atualmente, Lost com sua misteriosa ilha.

Na teledramaturgia brasileira, A Gata Comeu, de 1985, retratou situação semelhante. Na trama, um grupo de uma excursão ficava preso em uma ilha depois de uma pane na lancha que o levava. Além do Horizonte, próxima novela das sete, revisita a temática. Mas, para isso, os autores estreantes Marcos Bernstein e Carlos Gregório exploram um gênero que não tem muito espaço nas novelas: o de aventura. Menos ainda, em uma faixa horária em que o público se acostumou a assistir o humor escrachado.

"Nossa proposta é inventar o nosso próprio universo isolado, que a gente chama de Comunidade e, a partir dessa ideia, criamos nossas regras e conceitos", explica Bernstein. "E isso vem do próprio gênero que a gente escolheu. Por isso, essas regras e conceitos geram histórias que, mesmo nos momentos mais pesados, têm humor. O humor, inclusive, estará no tom geral da novela e não necessariamente em personagens específicos", completa Gregório.   

Na história, os três protagonistas, Lili, William e Rafa – interpretados, respectivamente, por Juliana Paiva, Thiago Rodrigues e Vinicius Tardio –, partem em uma jornada atrás de pessoas importantes que desapareceram. Lili vai procurar seu pai, LC, de Antonio Calloni, a quem dava como morto até então. William busca por seu irmão, Marlon, de Rodrigo Simas, enquanto Rafa quer reencontrar a namorada, Paulinha, de Christiana Ubach.

Como em um jogo, eles descobrem pistas que os fazem se conhecer e acreditar que as pessoas que procuram foram para um mesmo lugar, a chamada Comunidade, onde, supostamente, está a felicidade plena. "A minha personagem foi criada dentro de uma bolha. Ela recebe uma carta do pai na leitura do testamento dele e descobre ele pode estar vivo. Então, se abre uma janela e um convite para ela ir em busca do pai e sair desse universo", conta Juliana, que encarna a primeira protagonista da carreira depois da boa repercussão de sua última personagem, a Fatinha da temporada 2012 de Malhação.

Do primeiro capítulo até o último, a trama se passa em três ambientes que se alternam: no Rio de Janeiro, em uma floresta tropical onde fica a Comunidade e na fictícia Tapiré. Para retratar a cidadezinha, o projeto do cenógrafo Alexandre Gomes buscou referências em moradias da região amazônica e ocupa uma área de 5.700 m² no Projac – complexo de estúdios da Globo na Zona Oeste carioca. São 22 construções suspensas sobre um lago artificial com profundidade suficiente para a navegação de canoas e barcos.

Para compor o cenário, a produção de arte abusou de vegetação natural e objetos artesanais confeccionados especialmente para o folhetim. Nas casas ribeirinhas, a simplicidade prevalece na decoração. "A região não tem muita variedade de flores, então os moradores enfeitam suas casas com flores de plástico. É tudo muito colorido e criativo", diz Marcus Figueiroa, que assina a produção de arte.

Além do Horizonte marca também a estreia de Gustavo Fernandez na direção-geral de uma novela. Da equipe de Ricardo Waddington, diretor de núcleo, sua primeira experiência no posto foi na minissérie O Brado Retumbante. "Uma novela é mais trabalhosa. Agora, exercito também o papel de gestor de uma grande equipe", compara. Como já é de praxe em sua trajetória, Waddington também aposta em atores novos no folhetim. Como, por exemplo, Vinicius Tardio, que angariou o posto de protagonista logo em sua primeira novela. "Sempre que posso, que é possível, lanço jovens atores que possam defender papéis importantes ou que saiam de sua zona de conforto", salienta o diretor de núcleo.

Viajar é preciso

Para trazer o clima de aventura que a história de Marcos Bernstein e Carlos Gregório pede, a equipe e parte do elenco viajaram para o Amazonas, Bahia e Rio de Janeiro. A primeira parada foi em Manaus e Presidente Figueiredo, onde as gravações se iniciaram tendo a floresta amazônica como cenário principal. Na trama, Marlon e Paulinha se perdem na mata quando tentam encontrar a Comunidade. "A gente acordava todos dos dias às 5 da manha. Saia às 6h30 e só voltava às 18h. Ficávamos o dia inteiro na água, com calça jeans. Era um sobe e desce...", recorda Cristiana, que ficou 15 dias por lá e também protagonizou sequências de aventura na Chapada Diamantina, na Bahia.

Já Juliana Paiva, Igor Angelkorte, que vive Marcelo, Laila Zaid, que interpreta Priscila, e Rômulo Estrela, o Álvaro, passaram uma semana em Casemiro de Abreu, no interior do Rio, para cenas de "rafting". Em uma tomada específica, Lili se joga em uma cachoeira para pegar a carta do pai que deixou cair. Animada, Juliana fez questão de mergulhar de verdade. Só usou dublê quando a personagem caía no meio das pedras. "Eu gosto de fazer porque, naquele momento, é o que a personagem está sentindo. Quanto mais próxima dela eu estiver, mais verdade vou passar", acredita a atriz. Ao longo da novela, a equipe voltará a fazer viagens para captar mais sequências de ação em meio à natureza. 

Fonte: TV Press
Compartilhar
Publicidade
Publicidade