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Novela da Globo foi finalizada por filha de autor após fracasso de audiência há 11 anos

Trama da Globo foi a última de autor com diversos sucessos na emissora, mas ficou marcada pela baixa audiência e narrativa morna

3 fev 2025 - 10h34
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Trama era protagonizada por Júlia Lemmertz e Bruna Marquezine no papel de mãe e filha
Trama era protagonizada por Júlia Lemmertz e Bruna Marquezine no papel de mãe e filha
Foto: Reprodução/Globo / Contigo

Em 3 de fevereiro de 2014, há 11 anos, a Globo estreava Em Família como sua nova novela das nove. A trama, que seria a última novela do autor Manoel Carlos, teve dificuldades para conquistar o público e, após o fracasso de audiência, precisou ser agilizada na tentativa de melhorar os índices. Com a falta de ibope e as diversas edições, Manoel Carlos deixou a narrativa para cuidar da saúde e Em Família foi finalizada pela sua filha, que já colaborava com o texto.

Despedida do autor

Com uma carreira consolidada na Globo e sucessos como Laços de Família (2000) e Mulheres Apaixonadas (2003), Manoel Carlos anunciou que Em Família seria sua última novela. Como relembra o jornalista Nilson Xavier, do Teledramaturgia, aos 80 anos o dramaturgo declarou que preferia encerrar seu ciclo nos folhetins enquanto ainda se sentia apto para o desafio. A intenção era manter-se ativo em minisséries e seriados.

O elenco foi escalado estrategicamente para dar um tom simbólico à despedida do autor. Julia Lemmertz foi escolhida para viver a última Helena, papel imortalizado por sua mãe, Lilian Lemmertz, em Baila Comigo (1981). Bruna Marquezine também teve papel de destaque, interpretando a protagonista na juventude, retomando sua trajetória com o autor, que a revelou em Mulheres Apaixonadas.

A proposta, segundo Xavier, era resgatar as características clássicas das novelas de Manoel Carlos: conflitos familiares, paixões tumultuadas, discussão de temas sociais e um ritmo mais realista, pautado pelo cotidiano. A trama abordava alcoolismo, relações homoafetivas e doenças degenerativas como Alzheimer e Parkinson. Contudo, a abordagem contemplativa não conquistou a audiência.

Baixa audiência

Desde os primeiros capítulos, a baixa repercussão acendeu um alerta na direção da Globo. O ritmo arrastado e a falta de reviravoltas, destaca o Teledramaturgia, fizeram com que a novela passasse por diversas edições para dinamizar a narrativa. A segunda fase teve boa recepção, mas, ao avançar para o último ato, a história perdeu fôlego e não conseguiu manter o interesse do público.

Com uma média geral de 30 pontos no Ibope da Grande São Paulo, Em Família teve o pior desempenho de uma novela das nove naquela época. A repercussão negativa nas redes sociais reforçou a percepção de que a trama não emplacou, tanto que, originalmente, o folhetim era previsto para seguir até agosto de 2014, mas sofreu dois cortes na duração e foi encerrada em julho.

A saída de Manoel Carlos da condução do projeto na reta final, por motivos de saúde, levou sua filha Maria Carolina a assumir a responsabilidade de concluir a novela. A solução encontrada foi acelerar desfechos e encerrar os principais conflitos de forma objetiva.

Mesmo com um final aquém das expectativas, Em Família marcou o encerramento de um ciclo na teledramaturgia brasileira, consolidando Manoel Carlos e suas Helenas como marcos da televisão.

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