Leticia Vieira reflete sobre estreia na Globo: 'Até uns dias atrás, eu estava invisível para a sociedade'
Em entrevista à Contigo! Novelas, Leticia Vieira revelou mais detalhes de sua estreia como Glinda, em Vale Tudo, novela das nove da Globo
Leticia Vieira viu a vida mudar quando uma produtora de elenco da TV Globo a notou. Depois de testes e workshops, ela, que já foi ambulante, vendedora, caixa de loja e modelo, se viu atriz! No ar em Vale Tudo na pele da Gilda, ela estreia, ainda neste ano, a série Vermelho Sangue, do Globoplay. Em entrevista à Contigo! Novelas, artista revela mais detalhes de sua trajetória.
Como é fazer sua primeira novela?
"É tudo muito novo pra mim ainda, mas estou muito feliz. Não imaginava que o público fosse receber tão bem a Gilda. Isso me alegra muito. E poder contar parte da minha história, por meio da Gilda, também tem sido muito especial".
Você já foi ambulante na praia, caixa de loja, modelo. Caiu a ficha do que está vivendo agora?
"Não caiu e sinto prazer nisso, porque consigo aproveitar mais essa magia. Pra mim é quase um milagre
mesmo. Às vezes, estou no camarim, sei lá, com a Taís Araujo, fico pensando que minutos depois gravo uma cena com ela. Às vezes, estou no shopping e me chamam de Gilda. Até uns dias atrás, eu estava invisível para a sociedade e agora as pessoas sabem quem eu sou, têm interesse em ouvir a minha história. Não tenho palavras para descrever esse sentimento".
Além de já ter sido ambulante na praia, o que você tem em comum com a Gilda?
"Tanto ela quanto eu, nós somos pau para toda obra. A Gilda estava lá vendendo sanduíche com a Raquel [Taís Araujo], agora ela é braço direito na empresa, foi um pouco garçonete no restaurante, ela fazia de tudo. Gilda vai lá e resolve. Na vida, eu sou assim. Se eu falar que estou contigo até o final, eu estou mesmo".
Hoje você vive um mundo glamouroso diferente do que vivia antes. Já se acostumou com isso?
"Não, não me reconheço ainda nesses espaços, não me sinto comum a esse lugar. É mais familiar para mim estar na favela. Ainda não consigo me sentir tão confortável e trabalho isso para que eu entenda que esse lugar, essa posição também é pra mim, que eu preciso estar ali porque aquilo também me serve. Mas é um trabalho ainda a ser feito, porque eu mudei de vida da água para o vinho. Um dia desses estava morando numa rua de barro, numa casa humilde, e agora estou morando perto da praia. São coisas que mudam de uma hora pra outra e você precisa se acostumar com a nova realidade".
Seu futuro é promissor. O que deseja para o futuro da Gilda na novela?
"Ela agora tem uma mãe [a Raquel, vivida por Taís Araujo], um emprego, uma dignidade [risos]. Mas desejo que ela encontre um amor, que ela se encontre quanto mulher. Eu tenho 26 anos, mas a Gilda tem 18. Então, acho que ainda tem muito caminho para ela percorrer, para ela se descobrir. Mas estou desejando para ela um amor. Vamos ver se acontece".
Ela já mudou de visual. Aliás, era uma coisa que o público estava pedindo. Agradou?
"Eu não aguentava mais o povo pedindo para ela mudar, porque eu estava junto com eles [risos]. Eu sabia que isso iria acontecer, eu já até tinha mudado o visual, porque a gente tem alguns capítulos de frente, mas não podia falar. Que bom que esse momento chegou, porque precisava corresponder ao que a Gilda se tornou, internamente. Recebi tantas mensagens, a galera falando que ficou lindo, que adorou o glow up da Gilda. Foi bem divertido acompanhar essa onda quando o capítulo foi ao ar".
Como é, na sua primeira novela, já atuar ao lado de grandes nomes, como Taís Araujo, Matheus Nachtergaele?
"Os dois são uma graça. Quando a gente vê as pessoas na TV, a gente cria uma ideia de que o artista é distante, é uma coisa inacessível. Trabalhando com a Taís e o Matheus, me vejo com pessoas comuns, que têm as suas dificuldades, tem tudo que uma pessoa comum tem. E eles me abraçam muito, me acolhem, me ensinam muito. Eles entendem que estou iniciando e têm o prazer de mostrar o caminho para mim e eu tenho toda a humildade para ver o caminho e de olhos fechados, seguir".
Você gosta de se assistir?
"Não muito. Gosto de ver num lugar de telespectador, mas, quando paro para me ver detalhadamente, sou muito rígida comigo. Sempre acho que dá para ser melhor, que dá para fazer mais bem-feito".
Ainda este ano você estreia Vermelho Sangue, nova série do Globoplay já toda gravada, na qual interpreta a protagonista. Que ano!
"Eu estava muito ansiosa para chegar 2025 para conseguir viver tudo isso. Dois mil e vinte e cinco foi um ano muito esperado por mim! A novela tem sido um grande marco na minha vida, primeira novela, ao lado de Taís Araujo, com uma personagem que conta também, em parcelas, a minha história. Mas estou muito ansiosa para ver Vermelho Sangue. Meu primeiro trabalho foi interpretando uma menina que virava lobo-guará na lua cheia! Eu gravei e não tive mais contato. Agora, depois de dois anos, ver como ficou vai ser muito incrível, porque vou me ver aprendendo do zero. Repito pra mim quase todos os dias que não vou me criticar, vou celebrar, porque esperei muito por isso. Estou doida para saber o que o público vai achar também".
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