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Atriz de Vale Tudo cresceu no circo e se afastou da carreira aos 58 anos

Atriz da versão original de Vale Tudo era filha de palhaço famoso e marcou presença em diversas produções dos anos 1970 até decidir se afastar da TV

16 abr 2025 - 07h03
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Cena de Vale Tudo
Cena de Vale Tudo
Foto: Reprodução/Globo / Caras Brasil

Na primeira versão de Vale Tudo (1988), a atriz Ana Ariel viveu uma das primeiras participações especiais de sua carreira após decidir se afastar da televisão aos 58 anos. A intérprete deu vida a uma amiga de Ruth, ex-empregada da família Roitman encarnada pela atriz Zilka Salaberry (1917-2015). Antes do distanciamento de papéis com mais espaço, Ana Ariel foi personagem marcante em tramas como Selva de Pedra (1972), O Bem-Amado (1973) e Gabriela (1975). Relembre a carreira da artista que cresceu no circo e morreu em 2004, aos 73 anos.

Do circo para a teledramaturgia

A participação especial de Ana Ariel em Vale Tudo marcou um dos últimos momentos da atriz na televisão. Mas sua trajetória nos palcos e nas telas já somava décadas de dedicação e versatilidade. Nascida Ana Ariel Pinto, em São Paulo, no dia 18 de maio de 1930, ela cresceu sob as lonas do circo por ser filha do famoso palhaço Piolin (1897-1973) e prima do também comediante Ankito (1924-2009).

Com a primeira plateia sendo o picadeiro, a artista começou cedo como equilibrista e acrobata e, ainda menina, já encantava o público com seu carisma cômico e presença dramática. A paixão pelo humor a acompanhou por toda a vida, embora Ana fosse escalada com frequência para papéis dramáticos.

Ela transitou com facilidade entre os bastidores do circo e os estúdios de televisão, atuando no Circo Bombril, da TV Tupi, e no Teledrama TV Continental nos anos 1950 e 60. A transição definitiva para as novelas se deu em 1967, com a trama A Rainha Louca. A partir daí, sua carreira televisiva deslanchou, tornando-se rosto conhecido em dezenas de produções que marcaram a história da teledramaturgia brasileira.

Carreira de clássicos

Ana Ariel fez história ao integrar o elenco de grandes novelas da Globo nas décadas de 1970 e 1980. Estava em Selva de Pedra, como Berenice, em O Bem-Amado, como Zora Paraguaçu, e em Gabriela, como Idalina Tavares. Sua versatilidade ficava ainda mais evidente em tramas ousadas como Saramandaia (1976), onde interpretou a icônica Santinha, personagem envolta no universo fantástico que conquistou o público.

Nos anos 1980, continuou ativa com papéis em Cabocla, Elas por Elas, Sassaricando e Amor com Amor se Paga. Em 1982, ainda brilhou no cinema em As Aventuras de Mário Fofoca, repetindo o papel que já havia interpretado na televisão.

Mesmo sem o mesmo alarde da fama de outros nomes, Ana construiu uma carreira sólida e longeva, respeitada pelos colegas e lembrada por seu comprometimento artístico. Foi uma atriz de bastidores, daquelas que carregam a força da narrativa mesmo quando o foco está em outros personagens.

A despedida das novelas

Aos 58 anos, em 1987, Ana Ariel decidiu dar um passo para trás e se afastar das grandes produções televisivas. Passou a aceitar apenas participações pontuais, como a que fez em Vale Tudo. Já casada com o ator e diretor José Miziara, e antes com o equilibrista Ramon Papi, a atriz começou a se retirar do palco da vida pública aos poucos.

Seu último trabalho foi em Laços de Família, em 2000, como Doriana. Após esse papel, encerrou definitivamente sua contribuição para a dramaturgia. Ana Ariel faleceu em 20 de fevereiro de 2004, no Rio de Janeiro, aos 73 anos. Sua morte passou discretamente, sem grande cobertura midiática ou homenagens públicas.

A atriz Ana Ariel - Reprodução/Globo
A atriz Ana Ariel - Reprodução/Globo
Foto: Caras Brasil
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