Luana Piovani diz não ver problema em aparecer de calcinha na TV
Ter Luana Piovani vestida com uma fantasia sensual de empregada, servindo o café da manhã na bandeja é o sonho de muito marmanjo. Se ela for perfeita, então, fizer tudo o que o homem quiser, desfilar só de calcinha e sutiã pela casa o tempo todo, ser companheira e ainda assistir ao futebol juntinho, aí é para enlouquecer. E essa loucura toda vai estar no seriado A Mulher Invisível, que estreia na próxima terça-feira (31), criado a partir do filme homônimo de Claudio Torres.
Na história, Luana é Amanda, a personagem-título, uma fantasia da cabeça de Pedro (Selton Mello) para fugir de problemas no trabalho e de um casamento morno de sete anos com Clarisse (Débora Falabella).
Estar o tempo todo em cena com roupas íntimas não é problema para Luana. "É realmente uma grande exposição, mas conto com um milhão de coisas. Minhas corridas na praia, um superfotógrafo, um maquiador maravilhoso, tudo para que vocês acreditem que ela é totalmente perfeita", diz a atriz.
Na saborosa tarefa de representar o símbolo sexual sonhado pelos homens, Luana Piovani se transforma. "Fiquei loura para a série. Acho que tem a ver com essa tal de fantasia masculina. Mas a cada dia a gente muda a fantasia, há quem prefira a ruiva, a morena, a mulata", lista.
E ser perfeita, a parceira ideal, é fácil? "Estamos falando de uma total fantasia. O que a Amanda faz não existe. Ela foi criada pelo Pedro para agradar, concordar, fazê-lo feliz. E acho que agradar o tempo todo não deve ser bom, não. E certamente não é só assistir ao futebol que o homem quer. Se for isso, esse homem quer bem pouco da vida. Eu assisto ao futebol porque gosto", esclarece a atriz, que torce para o São Paulo.
Na contramão de tanto agrado, está Clarisse. "A Amanda fala o que o Pedro quer ouvir, e a Clarisse o que ele precisa", compara Luana. "É uma loucura, porque a Clarisse, quando toma conhecimento da Amanda, não gosta da ideia, mas depois curte. Não existe rivalidade, esse é o trunfo. No fim, ela torce pelos três", adianta a atriz.
No seriado de cinco episódios, que é totalmente independente do filme, passaram-se sete anos. Pedro virou um respeitado publicitário, mas que vive uma fase medíocre na profissão e no casamento. Daí, Amanda ressurge. "Ele é completamente louco de inventar uma mulher. Não dá para dizer o que eu, Débora, faria numa situação semelhante, é uma história irreal. Mas a Clarisse, ela sim faz bastante coisa: tenta arrumar um amante, não invisível, mas se mete numa grande roubada. Esse episódio está engraçadíssimo", adianta Débora Falabella.
Clarisse, que é uma publicitária responsável e dedicada ao trabalho, quase enlouquece junto com Pedro. "Ela entra na viagem dele e, como é uma mulher inteligente, descobre que a Amanda pode apimentar o casamento. Se ela deixar a fantasia do marido acabar, pode por em risco a relação", avalia. E quando os três entram em harmonia, ou parecem estar, Pedro cria Mana, uma segunda fantasia.
"A Mana injeta uma dose maior de loucura nele e diz: 'Você quer conhecer outras coisas, quer viver?' E usa de todos os artifícios para enlouquecê-lo", avisa Giselle Batista, que interpreta a personagem que entra no quarto capítulo. "Ela usa e abusa da jovialidade e vitalidade dos seus 18 anos", acrescenta Giselle, que tem 25.
A história fica ainda mais esquizofrênica se considerarmos a vida real. Essa é a segunda vez que Selton e Luana vivem esses personagens. A primeira foi durante as filmagens do longa, no qual a série foi inspirada. Na época, o casal teve um romance relâmpago, e por alguns meses Luana foi realmente a mulher ideal de Selton.
Temas diferentes
Se no filme A Mulher Invisível, que bateu a casa dos 2 milhões de espectadores, o público se divertiu, no seriado, a produção promete levantar o ibope e fazer rir ainda mais. Com novos personagens, a trama trará, a cada episódio, temas sempre diferentes.
"Vai ser bem engraçado, temos mais tempo de fazer graça, contar a história, desenvolver as coisas e há vários novos personagens interessantes", conta Luana. Entre eles:
Wilson (Álamo Facó)
Definido por Selton Mello como o grande amigo sem noção de Pedro. Wilson tenta a todo tempo enxergar Amanda. Ele acha que ela é a mulher mais gostosa do mundo. Dispara diversas tiradas engraçadas, que nem mesmo Pedro resiste. É colega de trabalho dele, funcionário de Clarisse, e mantém um caso secreto com Silvinha. Não revela o romance porque não quer nada sério com ela.
Silvinha (Deborah Wood)
Secretária de Clarisse, é amiga e confidente da patroa. Engraçada, cria vários jargões para divertir e acalmar a chefe, que está sempre estressada. Tem esperanças de que Wilson assuma a relação com ela. No primeiro episódio, é flagrada por Pedro na casa de Wilson, enrolada na toalha, e provoca grande confusão com a patroa.
Téo (Marcos Suchara)
Ambicioso, tenta convencer Clarisse de que Pedro não é homem para ela. Argumenta que ele é medíocre e não tem talento, é um fracassado. Téo se faz de amigo, mas na verdade sonha levar Clarisse para a cama. No primeiro episódio, insiste para que a publicitária venda a agência e se separe de Pedro. Ela quase cai na lábia do sócio, mas depois desiste da ideia. Nunca vai desistir e se candidata a amante de Clarisse.
Mana (Giselle Batista)
A nova fantasia de Pedro tem apenas 18 anos. Entra no quarto capítulo e desestrutura a relação de Amanda, Clarisse e Pedro. É louca, tem o estilo de menina suja, com seus longos dreadlocks. Incentiva Pedro a viver intensamente. Aparece pela primeira vez numa boate e se apresenta de maneira nada sutil e muito sensual.