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'Lightyear': Buzz tem 'nova profundidade' em animação com beijo lésbico, trabalho em equipe e mais

'Um personagem que todos conhecemos tão bem com uma nova interpretação', diz Chris Evans

16 jun 2022 - 06h10
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Ao assistir Toy Story, você já se perguntou qual filme inspirou Andy a implorar por um sofisticado astronauta de brinquedo que fez, inclusive, o Xerife Woody suar a camisa para voltar a ser o 'amigo' preferido do menino?

Bom, vinte e um anos depois do surgimento de Buzz Lightyear na animação da Pixar, o diretor Angus MacLane fez esse questionamento. Este foi o pontapé inicial para a criação de Lightyear que estreia nos cinemas nesta quinta-feira, 16.

"Por que não fazemos um filme de ficção científica divertido? Qual foi o filme que Andy viu que o fez comprar Buzz? Por que não fazemos esse filme?", conta o diretor.

O longa começa com o talentoso patrulheiro espacial Buzz Lightyear, sua comandante Alisha Hawthorne e uma tripulação de mais de mil cientistas e técnicos voltando para casa após sua última missão.

A aproximadamente 4,2 milhões de anos-luz da Terra, um sensor sinaliza a proximidade de um planeta desconhecido, mas potencialmente rico em recursos. Buzz decide direcionar sua nave de exploração, mais conhecida como Turnip, para T'Kani Prime - um planeta pantanoso com cipós agressivos e enxames de insetos gigantescos.

Tentativas para uma saída rápida correm terrivelmente mal, culminando em um acidente que deixa Buzz, Alisha e toda tripulação presos no planeta pouco acolhedor. O icônico personagem é dublado por Chris Evans, que aponta o diferencial de seu personagem neste longa:

"Nós vamos explorar um personagem que todos conhecemos tão bem com uma nova interpretação. O Buzz que conhecemos é um brinquedo e, como tal, existem algumas questões que não tinham muito peso para ele", explica o ator.

"Um brinquedo tem seu propósito, mas ele não tem que se preocupar com doenças, por exemplo. As decisões que tomamos, como pessoas, têm mais consequências e é interessante trazer essa nova profundidade do Buzz para os fãs", afirma.

Um novo Buzz

Em Toy Story, o personagem foi dublado por Tim Allen e a produtora da animação, Galyn Susman, conta que a decisão de escalar outro ator para este novo filme foi proposital: "Tim é o Buzz brinquedo e nós não estamos fazendo o filme do Toy Story. Então, o primeiro requisito é que queríamos uma pessoa diferente dublando".

"Além disso, ele deixou de ser um personagem secundário e é o protagonista do seu próprio filme. Então precisávamos de alguém super reconhecido, alguém que pudesse fazer drama e comédia, que conseguisse interpretar conflito e culpa e, imediatamente, pensamos no Chris", reitera.

Angus acrescenta que Lightyear possui um "tom diferente", uma vez que este novo Buzz é "mais inteligente e não necessariamente o alívio cômico da narrativa, precisávamos de alguém engraçado, mas não bobo".

Mesmo com a intenção de separar, por meio de um novo dublador, o antigo do novo Buzz, Evans comenta que a icônica frase "ao infinito e além" será sempre de Tim.

Ao comparar o astronauta com Capitão América, seu marcante personagem em Vingadores, ele compartilha: "'Ao infinito e além' eu conheci muito antes de 'Vingadores, avante' e está nos capítulos da minha vida há muito mais tempo, mas, por mais honrado que eu esteja em fazer esse personagem [Buzz] e de ser parte desse universo tão importante, essa frase pertence a outra pessoa. É como se eu estivesse usando roupas de uma outra pessoa, eu fiz o meu melhor para honrar essa oportunidade, mas sejamos honestos, essa fala é do Tim Allen. Pelo menos, eu fui o primeiro a dizer 'Vingadores, avante'", diz.

Alisha e o relacionamento LGBTQ+ na animação

Na história, entre as batalhas de Buzz com a culpa, a tecnologia e a química, o tempo é seu maior desafio. A vida está literalmente passando diante de seus olhos: Alisha e a tripulação estão vivendo suas vidas - buscando interesses, constituindo famílias, envelhecendo - e Buzz praticamente permanece o mesmo.

Alisha compartilha do desejo de Buzz de consertar a espaçonave, mas, depois de certo tempo, ela escolhe viver sua vida, independentemente do planeta em que se encontra, avançando em sua carreira, se apaixonando e construindo uma família com sua esposa.

Devido a um beijo lésbico entre a personagem dublada por Uzo Aduba e a namorada, o filme foi proibido em ao menos 14 países do Oriente Médio e Ásia. Apesar da proibição, motivada por homofobia, a produtora enfatiza a importância desse relacionamento para a história.

"Foi muito importante, aquela relação era pra mostrar pro Buzz o que ele não tem, e nós queríamos mostrar um relacionamento amoroso significativo, e ter um beijo faz parte disso". Angus concorda e complementa: "É uma representação e um reflexo da realidade que vivemos".

Izzy e a mensagem central do filme

Décadas - e amigos - passam. Buzz, determinado a "completar a missão" e levar todos de volta à Terra, continua testando combustível em uma série de voos de teste enquanto seus companheiros de tripulação envelhecem.

Após diversas decisões impulsivas e a chegada de uma misteriosa nave alienígena que ameaça a colônia, Buzz relutantemente se junta a um grupo de ambiciosos recrutas conhecidos como a Patrulha Zap Júnior.

Izzy é a líder da patrulha e neta de Alisha. Ela sonha em se tornar uma patrulheira espacial como sua avó, porém, seu maior desafio é viver à altura do legado. O compositor da animação, Michael Giacchino, aponta a personagem de Keke Palmer como sua preferida na história.

"Ela traz a principal simbologia do filme de abraçar seu medo, usar isso como uma ferramenta de progresso e não deixar isso te paralisar. Pra mim, musicalmente e emocionalmente, era o que eu queria dizer", afirma.

A dubladora reconhece a potência de sua personagem. "Ela só quer deixar a família dela orgulhosa e isso é algo que todos nós podemos nos identificar. O fato de ela não ter medo de viver e ter o dom de perceber algumas sombras como impulsionadora é o que tem de melhor na Izzy", diz Keke.

A partir da relação com essa personagem, Buzz reconhece sua verdadeira missão. O diretor do filme, então, conclui: " Por mais que em nossa cultura nos concentremos no indivíduo, há um enorme valor no trabalho em equipe. Lightyear é sobre um personagem reconhecendo isto".

Estadão
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