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Francisco deu histórica declaração sobre gays a Ilze Scamparini: "Quem sou eu para julgar?"

Papa viajava do Brasil a Roma quando conversou com a correspondente da Globo e se popularizou na comunidade LGBT+

21 abr 2025 - 06h52
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Em julho de 2013, a bordo do avião que o levava de volta à Itália, após participar da Jornada Mundial da Juventude no Rio, o papa Francisco conversou por 1 hora e meia com jornalistas.

Uma delas era Ilze Scamparini, correspondente da Globo em Roma desde 1999. Ela fez o questionamento sobre o Monsenhor Battista Ricca, envolvido em escândalo midiático por supostamente ter um caso amoroso com um capitão da Guarda Suíça que faz a segurança do Pontífice.

“Como o senhor pretende enfrentar esta questão? E como vai enfrentar o lobby gay?”, perguntou a jornalista. “É importante uma teologia do pecado. Penso em São Pedro que cometeu um pecado grave, renegou Jesus. E mesmo assim foi feito papa”, argumentou Francisco.

“Se escreve tanto do lobby gay. Até agora não encontrei ninguém no Vaticano com uma carteira de identidade que diga ‘gay’. Se uma pessoa é gay e procura Jesus, e tem boa vontade, quem sou eu para julgá-la?”

Para surpresa de todos, ele rejeitou a exclusão de pessoas da comunidade LGBT+ pela Igreja Católica. “O catecismo diz que não se deve marginalizar essas pessoas, devem ser integradas à sociedade. Devemos ser irmãos. O problema é fazer lobby, de pessoas gananciosas, lobby de políticos, de maçons, tantos lobbies. Esse é o pior problema. E agradeço muito por você ter feito esta pergunta.”

Ilze Scamparini na entrevista de Francisco que repercutiu na imprensa de todo o planeta
Ilze Scamparini na entrevista de Francisco que repercutiu na imprensa de todo o planeta
Foto: Reprodução/Globoplay

A indagação de Ilze e a resposta do papa repercutiram imediatamente nos quatro cantos do planeta. Foi determinante para a consolidação da imagem de tolerante de Francisco e a reaproximação de muitos gays, lésbicas e semelhantes da Igreja Católica.

Em entrevista ao ‘Encontro’, na época apresentado por Fátima Bernardes, a correspondente comentou o momento histórico com o papa. “Ele disse que os problemas não são os gays, mas o lobby. Qualquer lobby é ruim. Se os gays se aproximam de Deus, quem é ele para julgar? Falou que os gays não devem ser marginalizados.”

O papa Francisco morreu aos 88 anos nesta segunda-feira (21). Foi o Pontífice que mais conversou com a imprensa dentro e fora do Vaticano, especialmente os jornalistas de TV.

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