Em Israel, Willian Kury visita áreas de guerra e entrevista ex-reféns do Hamas
Repórter e apresentador da RedeTV! desembarcou no Oriente Médio poucos dias após conferir o drama das enchentes no Rio Grande do Sul
“Guerra é ruim, mas, sem a presença de jornalistas, é muito pior”, disse o veterano jornalista José Hamilton Ribeiro, que cobriu a Guerra do Vietnã. A presença da imprensa em área de conflito é imprescindível para a preservação da verdade dos fatos.
Apenas 1 mês após estrear no jornalismo da RedeTV!, Willian Kury aterrissou em Israel para acompanhar o conflito entre o exército do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e o grupo terrorista Hamas na Faixa de Gaza.
O jornalista esteve em regiões destruídas, entrevistou sobreviventes dos ataques de 7 de outubro de 2023 e visitou o plenário da Assembleia Legislativa de Israel, o Knesset. O material será exibido em formato de série especial, ainda sem data de estreia.
Em conversa com a coluna, diretamente do norte israelense, Kury comentou o que viu e sentiu.
Esta é sua primeira cobertura de guerra? Qual o impacto quando chegou aí?
É minha primeira cobertura em área de guerra. O conflito tem cobertura diária da mídia há 7 meses. É impactante estar dentro de cenários que muitos, inclusive nós, consideramos distantes da nossa realidade.
A destruição é maior do que assistimos pela TV?
Pior do que a maior parte do que foi exibido até então, porque muitas áreas estão sob risco constante e, por isso, não são acessadas e mostradas. Mas conseguimos chegar a lugares que não foram vistos até agora.
Por quais regiões passou?
Fomos ao sul de Israel, na fronteira de Gaza, nas áreas mais atingidas no dia 7 de outubro. Enquanto escrevo, estamos no norte, na Galileia, próximos à fronteira com o Líbano, onde ocorre um confronto preocupante com o Hezbollah.
(*O Hezbollah é uma organização política e paramilitar fundamentalista islâmica com histórico de conflitos com Israel.)
Como é o convívio com a população?
O tempo inteiro estamos em contato com autoridades e civis locais. Inclusive, neste instante, estamos almoçando em uma aldeia drusa. Os drusos vivem no norte de Israel. Estamos com outros jornalistas brasileiros.
Em um Story no Instagram, você destacou o frequente som das bombas. Como administra o medo nesta cobertura?
Nós, jornalistas, muitas vezes criamos um escudo que nos torna menos sensíveis a este tipo de sensação.
Em poucos dias, você saiu da dramática cobertura da tragédia climática no Rio Grande do Sul para a guerra em Gaza. Como está seu estado emocional?
Está bem. Estou focado em fazer o melhor trabalho.
Em abril, fez uma troca ousada, da GloboNews para a RedeTV!. Como avalia o início na nova emissora?
Não poderia ter sido melhor. Estou feliz, motivado. Encontrei na RedeTV! uma casa acolhedora e com profissionais muito competentes que enxergam sentido no que fazem.