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Pessoas confiam mais em revista e rádio do que em telejornal

‘Jornal Nacional’ usa pesquisa feita em quatro países para criticar a disseminação de ‘fake news’

2 nov 2017 - 11h47
(atualizado às 11h48)
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Foi-se o tempo no qual o jornalismo trabalhava apenas com a verdade. Vários veículos de comunicação renomados já divulgaram notícias falsas acreditando se tratar de fatos.

É uma praga contemporânea: as ‘fake news’. Às vezes tão críveis que enganam até quem está acostumado a lidar com a apuração rigorosa de informações.

William Bonner e Renata Vasconcellos, do ‘JN’: o brasileiro compra cada vez menos jornal e revista enquanto sobe a audiência dos telejornais
William Bonner e Renata Vasconcellos, do ‘JN’: o brasileiro compra cada vez menos jornal e revista enquanto sobe a audiência dos telejornais
Foto: Reprodução/Facebook/@jornalnacional / Sala de TV

Há uma indústria de manchetes mentirosas na internet, especialmente nas redes sociais. Os objetivos são os mais variados.

Desde apenas ‘trollagem’ até a intenção de prejudicar (ou beneficiar) uma pessoa, uma empresa, uma marca, uma ideologia, um candidato político.

Na edição de quarta-feira (1), o ‘Jornal Nacional’ destacou uma pesquisa realizada pela Kantar sobre a confiança das pessoas nos meios de comunicação e a preocupação com a veracidade das notícias.

Não foi apenas mais uma pauta. A Globo está determinada a combater as ‘fake news’ que competem com seu noticiário na TV e na internet.

Ao mesmo tempo, a emissora parece interessada em alertar a população a respeito do tsunami de informações manipuladas que a campanha para a eleição de 2018 vai despejar na web.

A pesquisa que ouviu pessoas nos Estados Unidos, Reino Unido, França e Brasil (aqui foram 2 mil entrevistados) revelou que, de cada quatro pessoas, três verificam a veracidade da notícia antes de compartilhá-la com seus contatos.

Para conferir a autenticidade dos dados, a maioria recorre às revistas semanais (72%), canais de notícias 24 horas, programas jornalísticos de rádios (68%), jornais impressos e atrações jornalísticas de TV (67%).

“Embora as pessoas estejam consumindo mais fontes de notícias do que jamais consumiram, a credibilidade desses meios já estabelecidos é mais importante do que nunca”, disse no ‘JN’ Juliana Sawaia, diretora da Kantar.

O levantamento apontou que as fontes menos confiáveis são os aplicativos de mensagens, consultados por 37% dos entrevistados, e as redes sociais, que inspiram confiança em 33% do público.

Chama atenção que os telejornais convencionais fiquem apenas na quarta posição entre os meios mais consultados. No Brasil, esses programas vivem boa fase de audiência.

Em algumas noites, o ‘Jornal Nacional’, por exemplo, chega a ser visto por quase 7 milhões de telespectadores somente na Grande São Paulo.

Enquanto isso, as revistas semanais de notícias – preferidas pelo público da pesquisa – sofrem com queda na venda de exemplares, fuga de anunciantes e custos altos com papel.

A realidade mostrada pela Kantar tem mais a ver com os Estados Unidos, o Reino Unido e a França, onde ainda se consome muitas notícias impressas, do que com os hábitos do brasileiro, cada vez menos interessado em comprar jornais e revistas por conta do conteúdo virtual e do jornalismo da TV aberta.

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