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Novelas ‘familiares’ do SBT agradam quem detesta a Globo

Parte do público não quer trama com abordagem sobre gênero, sexo, e violência

18 mai 2018 - 14h29
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Cerca de 3 milhões de telespectadores da Grande São Paulo assistiram ao capítulo de estreia de ‘As Aventuras de Poliana’, na quarta-feira (15).

Os 15 pontos de média aferidos pela Kantar Ibope superaram as previsões mais otimistas em relação ao início da novela escrita pela equipe de Iris Abravanel, mulher de Silvio Santos.

Poliana (Sophia Valverde) entre seus pais Alice (Kiara Sasso) e Lorenzo (Lázaro Menezes): trama leve e sem polêmicas
Poliana (Sophia Valverde) entre seus pais Alice (Kiara Sasso) e Lorenzo (Lázaro Menezes): trama leve e sem polêmicas
Foto: Divulgação/SBT / Sala de TV

Está mais do que provado que as produções do SBT com foco em crianças e pré-adolescentes são um nicho que pode render boa audiência e faturamento alto por meio de licenciamento de produtos.

O rótulo ‘novela infantil’ é equivocado. Não são apenas os pequenos da Geração Alpha (nascidos a partir de 2010) que impulsionaram o sucesso de ‘Carinha de Anjo’, ‘Cúmplice de um Resgate’, ‘Chiquititas’ e ‘Carrossel’.

Diante da TV estão pais e mães, avôs e avós, tios e até irmãos mais velhos. 

Para essas pessoas, a tal ‘novela infantil’ é, na verdade, uma novela familiar, representante de uma teledramaturgia menos ousada – ou, se o leitor preferir, mais conservadora.

Há pitadas de romance, vilania e tensão psicológica na ficção produzida pelo SBT, mas num limite considerado aceitável, sem erotismo, discussões de gênero, cenas picantes tampouco violência chocante.

Uma opção a quem reprova a contemporaneidade dos novelões da Globo, com personagens gays, transexuais, hipersexualizados, adúlteros, corruptos, imorais, enfim, ofensivos a uma parcela relevante de telespectadores.

A emissora do clã Marinho não é culpada pela desfuncionalidade de nenhuma família brasileira, ainda que exerça inegável poder de influência.

O folhetins globais são tão somente um espelho mais realista de uma sociedade diversificada e problemática.

Seus personagens mais complexos – como aqueles que suscitam polêmica a respeito da sexualidade – representam gente que existe realmente. Não há exagero.

Mas é salutar que haja alternativa de novela ‘soft’ a quem busca entretenimento sem controvérsia.

A teledramaturgia do SBT mostra potencial para atrair e satisfazer cada vez mais o público anti-Globo.

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