BBB18 eleva audiência em 10% e recupera essência do reality
Edição atual voltou a dar aspecto novelesco ao amado e odiado programa
Em sua reta final, a 18ª edição do Big Brother Brasil já pode ser considerada um sucesso.
Está com média de 25.5 pontos na aferição feita pela Kantar Ibope. Audiência 10% maior do que a do BBB17.
É a melhor audiência do reality show desde a 12ª edição, vencida pelo médico veterinário sul-mato-grossense Fael há seis anos.
Além de dar novo fôlego ao formato da produtora Endemol, produzido pela Globo desde 2002, o BBB18 recuperou o estilo dramatúrgico da atração.
Teve mocinhos e vilões, muito drama e choro, flertes frustrados e paixões conflituosas, além daquela movimentação sob o edredom que o público adora.
Pintados como heróis éticos e injustiçados (pela vida e por alguns adversários no jogo), o refugiado sírio Kaysar e a ex-funcionária pública (foi exonerada) acreana Gleici são favoritos a vencer.
Mas a universitária e influenciadora digital Ana Clara também tem chance real de ganhar o prêmio de R$ 1,5 milhão – ela e seu pai, Ayrton, que formam um jogador só.
Contam a favor da jovem carioca o carisma e a pressão psicológica paterna. Há quem a veja como ‘vítima’ do cerceamento dele e, por isso, merecedora da vitória.
A empresária mineira Paula é a menos popular. Manteve-se na casa por saber aparecer e se esconder nos momentos certos.
Um dos destaques positivos desta edição foi a interação de Tiago Leifert. Ele deixou de ser mero apresentador e passou a agir como verdadeiro ‘Grande Irmão’.
Tal interferência foi criticada por muita gente, mas ajudou a tirar os participantes da inevitável letargia e deu novo fator interessante à dinâmica do programa.
O Big Brother Brasil não se reinventou – o que já poderia ter sido feito com a estrutura gigantesca da Globo –, mas ganhou fôlego para ressurgir com força em 2019.